Roubo radioativo: agência diz que população do México não corre perigo

5 dez 2013 - 12h27

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse nesta quinta-feira que os cidadãos estão a salvo, após a descoberta na quarta-feira no México de um caminhão com cobalto-60 roubado no dia 2 de dezembro.

"Com base na informação disponível, as autoridades mexicanas e a AIEA acreditam que a população esteja a salvo e permanecerá assim", afirmou a agência nuclear das Nações Unidas em uma nota emitida hoje em Viena.

Publicidade

A AIEA assegurou que continue mantendo contato com as autoridades mexicanas para orientar sobre o protocolo de atuação que deve ser seguido perante um acidente deste tipo.

Além disso, a agência nuclear "acredita que as ações tomadas em resposta ao descobrimento da fonte (radioativa) são apropriadas e continuam a orientação do organismo para este tipo de evento".

Conforme explicou a AIEA no comunicado, o cobalto-60 roubado tem uma atividade de três mil curies (111 terabecquerels) e é considerado de "categoria 1", uma fonte "extremamente perigosa" para as pessoas.

"Se este tipo de fonte não é manejado com as medidas de segurança e proteção adequadas, pode causar danos permanentes à pessoa que o manipula ou que está em contato com ela durante alguns poucos minutos", assegurou o organismo.

Publicidade

"Seria provavelmente letal estar perto desta quantidade de material radioativo desprotegido por um período mesmo que curto", explicou a AIEA em aparente referência aos supostos ladrões do caminhão.

Desde que o veículo foi descoberto ontem à noite, as autoridades mexicanas estão avaliando o potencial de exposição à radiação das pessoas que podem ter estado perto do cobalto-60 desprotegido de seu contêiner. Os hospitais foram alertados para caso recebam pacientes com sintomas de exposição radioativa.

Em todo caso, a AIEA afirmou que não existe qualquer risco que as pessoas contaminadas por cobalto-60 possam "contagiar" a outras. O caminhão foi roubado em Tepojaco, perto da capital mexicana, quando transportava uma fonte de cobalto-60 para teleterapia de um hospital de Tijuana a um centro de resíduos radioativos.

  
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações