O número de mortos pela tempestade de chuvas que atingiu o norte do Chile na semana passada aumentou para 17, enquanto outras 20 pessoas continuam desaparecidas, informaram fontes do governo, que não descartaram encontrar mais corpos nos próximos dias.
O novo balanço de vítimas, divulgado nesta segunda-feira pelo subsecretário de Interior, Mahmoud Aleuy, inclui três novas vítimas da catástrofe que afeta as regiões de Coquimbo, Atacama e Antofagasta.
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Além disso, o diretor do Escritório Nacional de Emergência (Onemi), Ricardo Toro, afirmou que há "altas possibilidades" de encontrar mais corpos sob o barro.
"Quando há 17 inundações simultâneas e sem acesso por via terrestre para analisar tudo, o que acontecerá é que dia a dia existe a possibilidade de haver mais desaparecidos e falecidos", explicou.
A catástrofe deixou um total de 26.406 desabrigados, dos quais 4.134 permanecem refugiados nos 30 albergues disponibilizados pelo governo.
Além disso, 22.204 casas sofreram leves danos e 5.904 tiveram prejuízos maiores como consequência das fortes chuvas que castigaram o árido norte do país na terça-feira, gerando grandes correntezas em rios que estavam secos há mais de 20 anos.
Para Toro, o fornecimento de água potável é um dos problemas mais complexos enfrentados por Atacama e Antofagasta, onde o número de residências sem acesso à água potável chega a 7.112.
Segundo os dados proporcionados pela Onemi, 6.712 residências de Atacama carecem de fornecimento de energia elétrica, o que corresponde a 72% dos clientes de toda a região.
O governo chileno e os órgãos de emergência farão uma campanha de vacinação antitetânica para os trabalhadores encarregados da remoção de escombros, enquanto a vacina da hepatite será oferecida à população menor de 15 anos. Segundo a Onemi, os menores de seis meses de idade que estiverem nos albergues serão vacinados contra a gripe.
Até o momento, 629 toneladas de mantimentos foram entregues aos desabrigados devido a uma das maiores catástrofes naturais dos últimos anos no país.