Tropas venezuelanas invadiram uma praça de Caracas no domingo para expulsar manifestantes que transformaram o local em uma fortaleza durante seis semanas de manifestações contra o presidente Nicolás Maduro.
Soldados da Guarda Nacional usaram gás lacrimogêneo e canhões de água contra centenas de manifestantes que atiraram pedras e algumas bombas de gasolina antes de abandonarem a Plaza Altamira, em Caracas, palco de confrontos diários.
Alguns soldados em motocicletas cercaram os manifestantes na praça, segundo testemunhas. As tropas, em seguida, começaram a demolir as barricadas dos manifestantes, cumprindo a promessa de Maduro de retomar o controle do local.
"Nós vamos continuar liberando espaços tomados pelos manifestantes", disse Maduro, sucessor do falecido líder Hugo Chávez, em um comício pró-governo em Caracas no domingo.
Militantes da oposição e estudantes vêm pedindo aos venezuelanos para que saiam às ruas para protestar contra questões que vão desde a criminalidade e a escassez de produtos básicos à presença de assessores cubanos no Exército e em outras instituições estatais da Venezuela.
No domingo, milhares marcharam em direção à base aérea militar Carlota, na última demonstração diária contra o governo socialista. Os protestos começaram no início de fevereiro.
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"Eu passei cinco ou seis horas em uma fila apenas para comprar dois pacotes de farinha, ou duas garrafas de óleo de cozinha", disse o aposentado Pedro Pérez, de 64 anos, num comício da oposição.
"Além disso, estou protestando contra a insegurança e as mentiras deste governo para os venezuelanos, trazendo soldados cubanos aqui... Este é um país sem governo, não podemos continuar assim."
Em mais um dia de manifestações em todo o país, milhares de partidários do governo também marcharam pacificamente em Caracas para elogiar as políticas de alimentação do governo.
"Vamos fortalecer a fraternidade entre os povos da Venezuela e de Cuba", disse Maduro em resposta às palavras de ordem anti-Cuba da marcha da oposição.
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A Venezuela fornece mais de 100 mil barris por dia de petróleo para Cuba, e é paga em parte pela presença de mais de 30 mil médicos, treinadores esportivos e outros profissionais da ilha caribenha comunista.
Venezuela: novas manifestações ocupam Caracas e arredores:
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Manifestantes "inundaram" as ruas do país neste domingo contra o atual governo
Foto: Reuters
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Marcha pacífica reclamava sobre governo; milhares participaram da manifestação em pleno Carnaval
Foto: Reuters
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Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro na região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
Foto: David González
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Uma marcha pacífica foi realizada nas cidades de Chacao, Baruta e Sucre, região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
Foto: David González
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A Venezuela enfrenta uma de suas piores crises em uma década. Foto tirada em mais uma grande manifestação realizada na zona metropolitana de Caracas, em 2 de março
Foto: David González
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As manifestações das últimas semanas deixaram pelo menos 18 pessoas mortas, em função da violência que tomou conta de alguns protestos e confrontos entre manifestantes encapuzados, forças de segurança e militantes pró-governo
Foto: David González
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Manifestante exibe cartaz com a mensagem "A censura deste governo demonstra sua incompetência", durante protesto neste domingo, 2 de março, na região metropolitana de Caracas
Foto: David González
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Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro nos arredores de Caracas, neste domingo, 2 de março
Foto: David González
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Manifestantes também protestaram pela liberdade de imprensa, neste domingo, 2 de março, em cidades da região metropolitana de Caracas
Foto: David González
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Foto: David González
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Bandeiras do país foram carregadas por manifestantes neste domingo
Foto: Reuters
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Manifestantes venezuelanos foram às ruas neste domingo, 2 de março
Foto: Reuters
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Manifestante segura cartaz contra o governo e a censura que estaria sendo aplicada aos meios de comunicação no país
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