Uruguai: Mujica volta a andar de vespa em programa de TV

O atual presidente uruguaio costumava usar o veículo para ir ao Parlamento na época em que era deputado

12 mai 2014 - 12h42
(atualizado às 13h11)

Antes de seguir aos Estados Unidos, onde inicia uma visita oficial nesta segunda-feira, o presidente do Uruguai, José Mujica, voltou a montar em uma Vespa, moto que usava diariamente para chegar ao Parlamento em seus tempos de deputado.

Em um vídeo divulgado hoje pela emissora uruguaia Teledoce, o presidente uruguaio é abordado durante um ato público pelo jornalista do programa de humor Súbete a Mi Moto, que se aproxima de Mujica com uma Vespa do ano 1962 para convidá-lo a uma volta.

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O fato ocorreu há poucos dias, quando o presidente, que completará 79 anos neste mês, participava de um ato público ao ar livre na cidade de Santa Lúcia, a cerca de 60 quilômetros de Montevidéu.

"É das velhas?", perguntou o governante ao repórter antes de tentar dar a partida e, sem sucesso, brincar com a situação. "Está na reserva, está sem nafta (gasolina)", justificou Mujica entre risos.

Posteriormente, quando a moto é ligada, o jornalista pergunta se Mujica não colocará o capacete, ao que o presidente uruguaio lhe responde: "Não, aqui é privado". Na sequência, ele dá uma breve volta pelo jardim.

"Como está (a moto), 'presi'?", perguntou o repórter ao sorridente presidente.

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"Meta a mão. Anda porque é nobre", respondeu o governante, admitindo que pilotar uma Vespa "é uma religião".

Por último, questionado sobre sua moto, Mujica explicou que a mesma "é um monumento aos golpes, mas anda". No entanto, pouco depois, o presidente esclareceu ter dado a moto a um vizinho.

Mujica têm uma velha história em comum com a Vespa, desde os tempos em que o ex-guerrilheiro, que passou 14 anos na prisão por sua luta armada, a maioria durante a ditadura (1973-1985), se transformou deputado com o bloco esquerdista Frente Ampla há 20 anos.

Ao chegar com sua moto Vespa no Palácio Legislativo, um dos seguranças do estacionamento do edifício perguntou a Mujica se ele ficaria muito tempo no local. "Se não me tirarem antes, espero estar cinco anos", respondeu Mujica, como costuma lembrar constantemente a imprensa local.

  
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