A menina uruguaia, de 11 anos, que engravidou após ser vítima de um estupro cometido por um homem de 41 anos levará a gestação adiante, concluiu uma resolução médica, segundo a imprensa local.
"Os aspectos que tenham a ver com o desenvolvimento estarão presentes em todos seus sentidos e é um mandato que temos como organização, para que essa menina tenha direito a retornar ao âmbito familiar", declarou à imprensa Marisa Lindner, presidente do Instituto da Criança e do Adolescente do Uruguai (Inau).
A menor declarou querer ter o filho, apesar de ter sido diagnosticada com uma patologia psiquiátrica, o que reforçou nas últimas semanas no país a polêmica sobre quem deveria decidir sobre o futuro do feto, já que a mãe da vítima tinha solicitado o aborto.
De acordo com organizações sociais de direitos humanos, o pedido da mãe tinha sido feito dentro do prazo de 12 semanas de gestação nas quais a interrupção voluntária da gravidez é permitida no país, estendidas a 14 em caso de estupro. Atualmente, ela está grávida de quase cinco meses.
Uma decisão da Justiça no começo de maio determinou que a menina, que estava internada em um hospital infantil, fosse transferida a uma unidade do Inau.
O homem de 41 anos foi condenado "como autor de um crime contínuo de violação".