O Senado mexicano aprovou uma reforma que autoriza o consumo de maconha para fins medicinais e científicos. No entanto, a medida não deixou muita gente satisfeita por ser considerada pouco abrangente. O projeto, apresentado em abril pelo presidente do país, Enrique Peña Nieto, foi aprovado nesta terça-feira (13) por 98 votos a favor, sete contra e uma abstenção. O projeto agora deverá ser sancionado pela Câmara dos Deputados antes de ser promulgado pelo mandatário.
A maioria dos senadores favoráveis ao uso da cannabis demonstraram a sua felicidade pela aprovação da reforma, porém, alguns afirmaram que ela não será suficiente para satisfazer as necessidades de pessoas doentes, como epiléticos, ou pacientes com patologias imunológicas e que é "muito restrita".
As emendas à Lei Geral de Saúde não incluem, por exemplo, a proposta de elevar para 28 gramas a dose mínima permitida por pessoa, como foi proposto pelo mandatário. Cedendo a pressões dos senadores católicos e dos grupos conservadores, a quantidade mínima continuou a de 5 gramas. Além disso, foi criticado o fato de que os remédios feitos com a droga deverão ser, ao menos por enquanto, importados de outros países, o que pode ser muito caro e burocrático. A importação da cannabis será controlada pela Comissão Federal para a Produção de Riscos Sanitários (Cofepris).