Venezuela: após um ano, casos de tortura não foram apurados
País está afundado em uma grave crise de abastecimento e inflação, com a popularidade do presidente Nicolás Maduro em baixa; um ano depois, militares acusados de tortura e maus tratos durante os protestos de fevereiro de 2014 ainda não foram chamados para depor
A costureira Marvínia Jimenez virou símbolo da repressão durante os protestos na Venezuela, em fevereiro de 2014. O momento de sua prisão, quando foi imobilizada e agredida com um capacete por uma policial militar, foi imortalizado pelas câmeras de manifestantes, circulou na internet e ganhou destaque na imprensa internacional. Um ano após sua prisão, Jimenez, que está em liberdade condicional, deve se apresentar mensalmente à Justiça e está proibida de sair do país. Ela foi acusada e condenada por cinco delitos, entre eles resistência à autoridade e danos causados à propriedade privada.
“A agente que me agrediu tem uma ordem de captura há onze meses, mas está foragida”, afirma. “Pedimos para ver em que situação ela está no comando militar onde trabalhava, se continua trabalhando, se está ativa ou em repouso, mas não conseguimos nenhuma informação”, diz.
O caso de Jimenez não é uma exceção. “Foi constatada uma grande demora nos julgamentos. Algumas audiências foram deferidas até dez vezes de maneira não justificada pelo Ministério Público”, afirma o advogado do Centro de Direitos Humanos da Universidade Católica Andrés Bello, Nizar El Fakih. O Ministério Público reconheceu em junho, dois casos de tortura e 185 de maus tratos. Mas segundo o advogado, em quase um ano, os acusados, em sua maioria militares, não haviam sido convocados para depor.
Cerca de 60 pessoas continuam presas de maneira arbitrária no país, em decorrência das manifestações, a espera de julgamento, segundo um balanço realizado pelo Centro de Direitos Humanos. Entre fevereiro e maio de 2014 teriam sido registradas 3.127 detenções arbitrárias, deste total, cerca de 2.000 pessoas estariam em liberdade condicional, como a costureira.
“A impunidade em matéria de tortura, atos cruéis e prisões arbitrárias gera temor. A grave repressão veio seguida de impunidade. Não houve punição legal para os que violaram os direitos humanos”, afirma o advogado.
O movimento de contestação ao governo do presidente Nicolás Maduro começou em 4 de fevereiro, em San Cristóbal, no estado de Táchira, no oeste da Venezuela, quando estudantes se manifestaram por maior segurança no campus universitário. Posteriormente, os protestos se espalharam por todo o país, integrando reivindicações contra a inflação e a escassez de produtos. Em 12 de fevereiro, três pessoas foram mortas durante uma manifestação em Caracas, em enfrentamentos entre estudantes e a polícia militar. Durante meses, o país foi palco de violentos protestos e manifestações que foram fortemente reprimidos.
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Novas manifestações
De acordo com o Observatório Venezuelano do Conflito Social, 2014 registrou mais de 6 mil protestos, um número recorde na última década.
Segundo o cientista político da Universidade Central da Venezuela, Alejandro Margione, é difícil prever novas manifestações massivas. Mas de acordo com ele, existe uma tendência de aumento de protestos sociais. “A Venezuela é um dos países mais urbanizados do mundo, metade do país é desabitada. Os protestos podem acontecer por acaso, de maneira isolada, por falta de água, problemas no transporte”, afirma. “Frequentemente os mecanismos são de pressão imediata, como fechar uma via com uma barricada”.
Para Nizar El Fakih, o cenário para 2015 é de maior conflito, na medida que os problemas sociais e econômicos estão crescendo. “Diante da situação atual de desabastecimento de produtos básicos e fármacos, maior índice de inflação e aumento da pobreza, o que se pode esperar é um registro ainda maior de manifestações do que em anos anteriores.”
Desabastecimento
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No dia a dia dos venezuelanos, os protestos deram lugar às filas. Desde janeiro, a crise de abastecimento de produtos se intensificou na Venezuela. Nos supermercados de todo o país, pessoas enfrentam longas esperas para comprar produtos básicos como arroz, leite, óleo, açúcar e café, mas também medicamentos e produtos de higiene pessoal.
Grávida de oito meses, a dona de casa Mily Barrios sai três vezes por semana por Caracas para procurar produtos nos supermercados e farmácias. No começo, buscava as cobiçadas fraldas descartáveis, um dos produtos mais raros. “Agora, eu compro tudo o que acho”, diz. “Quando os produtos começaram a desaparecer por um, dois, três meses, decidi comprar tudo que poderia faltar e estocar em casa.”
Segundo a dona de casa, a espera nas filas pode durar horas e ela divide espaço com os chamados “bachaqueros” (a palavra vem de “bachaco”, uma espécie de formiga), que compram os produtos escassos e revendem por valores até cinco vezes mais caros. “Um “bachaquero” pode ganhar o salário de um empregado de loja vendendo apenas quatro pacotes de fralda”, afirma Barrios.
O presidente Maduro chegou a pedir que as pessoas não se deixem levar pelas “compras nervosas” de produtos que poderiam faltar nos supermercados. Segundo ele, este consumo geraria uma demanda adicional de alimentos. O governo também estabeleceu um plano para lutar contra a “especulação”.
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No começo do mês, os diretores da principal rede de farmácias do país foram presos, acusados de irregularidades na distribuição de produtos, boicote e desestabilização econômica. Segundo comunicado à imprensa da Superintendência para a Defesa dos Direitos Socioeconômicos, fiscais inspecionavam uma farmácia da rede em Caracas, onde detectaram a existência de várias caixas não operacionais, enquanto uma longa fila de compradores se formava.
Para impedir as aglomerações, alguns supermercados de redes particulares da capital começaram a vender por sistema de “rodízio”, de acordo com o número da carteira de identidade. “Minha identidade acaba em três, então eu posso comprar às segundas e quintas”, explica Barrios. “O problema é que muitas vezes os produtos chegam na quarta e no dia seguinte já não encontro nada”.
A escassez de alimentos e a inflação fizeram com que o índice de aprovação do presidente venezuelano caísse para 22% em dezembro, segundo o instituto Datanalisis. A Venezuela enfrenta uma severa crise econômica, com uma inflação de 64% e a escassez de vários produtos da cesta básica. Além disso, a queda de mais de 60% do preço do petróleo ameaça piorar ainda mais o problema econômico do país, que obtém 96% de suas divisas das exportações petroleiras e que depende de importações para garantir o abastecimento de produtos.
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16 de fevereiro - Governo venezuelano afirma que as manifestações são parte de um "golpe de estado fascista em marcha" e acusa grupos de ultradireita
Foto: Reuters
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16 de fevereiro - Quase três mil estudantes protestaram em Caracas no domingo
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16 de fevereiro - Manifestantes de oposição participam de protesto contra o presidente Nicolas Maduro no último domingo, em Caracas
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16 de fevereiro - Manifestante usa máscara com a bandeira da Venezuela durante protesto, em Caracas
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16 de fevereiro - Jovens caminham em meio a gás de efeito moral jogado pela polícia durante protesto contra o governo de Maduro
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16 de fevereiro - Durante quase duas semanas, milhares de estudantes de todo o país têm protestado nas ruas
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14 de fevereiro - Com bandeiras e cartazes contra a violência e contra o governo de Nicolás Maduro, centenas de estudantes se reuniram na Praça Altamira, no leste de Caracas
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14 de fevereiro - Mais de mil estudantes voltaram às ruas de Caracas, nesta sexta-feira, para protestar contra o governo, de maneira pacífica, enquanto setores governistas preparam uma marcha "contra o fascismo" para este sábado
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14 de fevereiro - Protestos têm registrado grande número de feridos
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14 de fevereiro - Polícia foi acionada para conter os manifestantes
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14 de fevereiro - Há 11 dias, grupos de estudantes e opositores ao governo iniciaram em diferentes cidades passeatas contra a insegurança, a inflação e a escassez de produtos
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14 de fevereiro - Há 11 dias, grupos de estudantes e opositores ao governo iniciaram em diferentes cidades passeatas contra a insegurança, a inflação e a escassez de produtos
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14 de fevereiro - Parentes, amigos e manifestantes velam o corpo do estudante Juan Montoya, um dos três mortos durante protestos na Venezuela
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18 de fevereiro - O presidente Nicolás Maduro exigiu de seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, nesta terça-feira, que pare "de se meter nos assuntos internos" da Venezuela
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18 de fevereiro - Manifestantes permaneceram nas ruas de Caracas até o final da noite
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18 de fevereiro - Venezuelana residente no México segura cartaz em apoio ao líder da oposição, Leopoldo López, que se entregou nesta terça-feira
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18 de fevereiro - Venezuelanos residentes no México protestam contra o governo de Nicolás Maduro
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18 de fevereiro - Menina venezuelana acende velas que pedem "SOS" em protesto no México
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18 de fevereiro - Menino acende velas em apoio aos protestos que acontecem na Venezuela
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18 de fevereiro - "Venezuelanos em Monterrey, nós apoiamos nossos estudantes e irmãos", diz cartaz dos manifestantes venezuelanos que moram no México
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18 de fevereiro - Dezenas se reuniram no México para dar apoio aos protestos que acontecem há dias na Venezuela
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18 de fevereiro - Venezuelana chora em protesto nesta terça-feira
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22 de fevereiro - Mulher toca ombro de policial da Guarda Nacional durante marcha da oposição em San Cristóbal
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22 de fevereiro - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ergue uma flor durante ato em Caracas
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22 de fevereiro - Marcha da oposição em Caracas
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22 de fevereiro - Multidão de manifestantes em novo protesto nas ruas de Caracas contra o governo do presidente Nicolás Maduro
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22 de fevereiro - Henrique Randonski Capriles, um dos líderes opositores, na chegada ao protesto em Caracas
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22 de fevereiro - Marcha opositora em San Cristóbal, capital do Estado ocidental de Táchira
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22 de fevereiro - Manifestante participa de protesto em Caracas com cartaz com a imagem do ex-presidente Hugo Chávez
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23 de fevereiro - Moradora exibe retrato do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez durante passeata de anciãos em apoio ao governo de Nicolás Maduro, em Caracas
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23 de fevereiro - Homem com camiseta de Simón Bolívar, herói da independência latino-americana, canta em apoio a Maduro durante passeata de anciãos em Caracas
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23 de fevereiro - Pedro Pablo Rivero, 81 anos, participa de passeata de anciãos em apoio ao governo de Nicolás Maduro na capital da Venezuela, Caracas
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23 de fevereiro - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acena à multidão ao lado de sua esposa, Cilia Flores, em dia de ato público de apoio ao governo venezuelano
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24 de fevereiro - Manifestantes antigoverno montaram barricadas e começaram incêndios na capital venezuelana nesta segunda-feira
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24 de fevereiro - Motociclistas entram em confronto com estudantes que bloqueiam rua em Caracas
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24 de fevereiro - Motoqueiros pró-Maduro desfilam por avenida da capital, Caracas, durante protesto
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24 de fevereiro - Manifestantes entram em confronto com policiais em Altamira, no leste de Caracas
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24 de fevereiro - Manifestantes improvisam equipamentos de defesa e ataque durante confrontos
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26 de fevereiro - No Palácio Presidencial de Miraflores, Maduro recebeu representantes religiosos, empresários, intelectuais, jornalistas, deputados e governadores do partido governista. Os representantes dos partidos reunidos na oposição decidiram boicotar o encontro, que qualificaram de manobra de distração
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27 de fevereiro - Um manifestante da oposição corre com um escudo improvisado durante confronto com a polícia, em Caracas
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27 de fevereiro - Manifestante faz uma pausa durante confronto com a polícia na Praça Altamira, em Caracas
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27 de fevereiro - Manifestante dispara morteiro durante protesto contra o president da Venezuela, Nicolás Maduro
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08 de março - Manifestantes fogem de gás lacrimogêneo em Caracas
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08 de março - Manifestante lança bomba contra a polícia durante protesto. O governo impediu a realização de uma manifestação durante o Dia Internacional das Mulheres
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10 de março - Manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro participam de protestos em Caracas
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10 de março - Manifestantes participam de protesto em Caracas
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10 de março - Manifestante anti-governo atira pedras contra a polícia durante um protesto na praça Altamira em Caracas
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10 de março - Polícia Nacional em motocicletas passa em nuvem de gás lacrimogênio durante manifestação anti-governo na Praça Altamira, em Caracas
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10 de março - Policial persegue um manifestante oposiçista ao Governo de Nicolás Maduro, na Praça Altamira, em Caracas. A escalada de violência em protestos contra o presidente já dura um mês
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10 de março - Estudante universitário Daniel Tinoco, de 24 anos, é retirado de um veículo ao chegar ao hospital, depois de ter levado um tiro na testa por homens armados não identificados em uma moto, durante protesto em San Cristobal, Tachira, Venezuela
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20 de março - Polícia joga spray de pimenta em manifestantes que protestaram próximo à Universidade Central de Caracas
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20 de março - Manifestantes e policiais se confrontaram na capital Caracas
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20 de março - Guarda Nacional Bolivariana tenta conter manifestantes na capital Caracas
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20 de março - Policiais atiram balas de efeito moral e gás contra pessoas que participam de protesto contra o governo
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20 de março - Manifestante enfrenta soldados da Guarda Nacional Bolivariana durante protesto
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20 de março - Policial é tomado por chamas durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro
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20 de março - Pessoas encapuzadas enfrentam as forças do governo
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17 de março - Membros da polícia se protegem da ação dos manifestantes nos arredores de Caracas
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17 de março - Manifestante caminha próximo a ônibus incendiado, na capital Caracas
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1 de abril - agente da Polícia Nacional Bolivariana dispara gás lacrimogêneo contra manifestantes que protestam contra o governo de Maduro, em Caracas
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1 de abril - manifestantes se protegem de gás lacrimogêneo lançado pela Polícia Nacional Bolivariana durante protesto na capital Caracas
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1 de abril - manifestante é detido pelas forças de segurança do governo durante protesto
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2 de abril grupo de manifestantes opositores do governo do presidente Nicolas Maduro incendeiam ônibus em Caracas
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1 de abril - manifestantes enfrentam policiais da Guarda Nacional Bolivariana em Chacao
Foto: EFE
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1 de abril - membros da Guarda Nacional detêm manifestante em Caracas. A Igreja Católica acusou o presidente Nicolas Maduro de tentar implantar um regime totalitário no país
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1 de abril - funcionários do governo deixam escritório após manifestantes colocarem fogo no edifício
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1 de abril - líder da oposição Maria Corina Machado é barrada pela polícia após ela tentar entrar non Parlamento Venezuelano em Caracas
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29 de março - Manifestantes se enfrentam com agentes das forças do governo no distrito de Chacao
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26 de março Policiais prendem manifestante na capital Caracas
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3 de abril - estudante é agredido e despido por partidários do governo de Nicolás Maduro, durante manifestação na Universidade Central da Venezuela, em Caracas
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3 de abril manifestantes lançam pedras contra a Polícia Nacional Bolivariana durante enfrentamentos na Universidade Central da Venezuela, em Caracas
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3 de abril - estudante é atacado por partidários do governo de Nicolás Maduro na Universidade Central da Venezuela
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3 de abril - policial à paisana é socorrido por colegas depois de ser atingido por fogos de artifício lançados por estudantes da Universidade Central da Venezuela
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6 de abril - manifestantes e policiais entram confronto em Caracas
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6 de abril - membros da Guarda Nacional disparam bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes, em protestos na capital, Caracas
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4 de abril - manifestantes contrários ao governo usam estilingue para atirar pedras contra membros das forças de segurança, em Caracas
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17 de abril - manifestante anti-governo lança um coquetel molotov contra policiais durante os distúrbios com a polícia em Caracas
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17 de abril - policiais se protegem contra foguetes lançados por manifestantes anti-governo durante os distúrbios com a polícia em Caracas; protestos no país já deixaram pelo menos 40 mortos
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17 de abril - Polícia se protege de foguetes lançados por manifestantes anti-governo durante os distúrbios com a polícia em Caracas. Estudantes venezuelanos estão marchando com os pés descalços, trabalhando na construção de crucifixos e planejando queimar efígies do presidente Nicolas Maduro para tentar insuflar movimento de protesto durante a Páscoa
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17 de abril - manifestante anti-governo lança um objeto com gás, antes arremessado pela polícia contra estudantes, durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas
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17 de abril - manifestante anti-governo se afasta de gás lacrimogêneo usado pela polícia durante distúrbios com a polícia em Caracas
Foto: Reuters
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17 de abril - manifestante anti-governo toma cobertura atrás de um escudo rudimentar durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas
Foto: Reuters
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17 de abril - manifestantes anti-governo lançam fogos de artifício contra a polícia durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas