O emblemático ex-comissário venezuelano Ivan Simonovis, preso há 10 anos sob a acusação de homicídio durante a tentativa de golpe de Estado contra o presidente Hugo Chávez, em 2002, iniciou nesta terça-feira uma greve de fome para exigir tratamento médico adequado.
"A partir de hoje, 27 de maio de 2014, inicio uma greve de fome no calabouço da Prisão Militar de Ramo Verde", anunciou Simonovis em sua conta no Twitter.
"Manterei (a greve) até obter uma resposta para minhas solicitações. Se esgotaram todos os caminhos, legais e políticos", para a resposta a um pedido feito há 10 meses, destacou Simonovis.
O ex-comissário, que a oposição considera um dos presos políticos do chavismo, "sofre um grave problema de saúde", afirmou nesta terça-feira seu advogado, José Luis Tamayo.
Simonovis foi condenado em 2009 a 30 anos de prisão por envolvimento em várias das 19 mortes ocorridas durante a tentativa de golpe para derrubar o presidente Hugo Chávez (falecido em 5 de março de 2013).
A libertação do ex-comissário é uma das exigências da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) nas conversações de paz com o governo - atualmente suspensas - visando acabar com os protestos contra o presidente Nicolás Maduro, que em três meses já deixaram 42 mortos e mais de 800 feridos.
