Venezuela: chanceleres da Unasul se reúnem para discutir crise

No encontro, os 12 países da Unasul vão tentar organizar uma instância para diálogo entre o governo da Venezuela e a oposição

12 mar 2014 - 14h33

Os chanceleres da Unasul se reúnem nesta quarta-feira em Santiago do Chile para discutir a crise política na Venezuela, buscando organizar uma comissão de diálogo entre a oposição e o governo desse país.

Promovida pela Venezuela, em resposta ao debate convocado pelo Panamá na Organização dos Estados Americanos (OEA) -organismo que inclui os Estados Unidos e Canadá-, a reunião é realizada no Chile aproveitando a cerimônia de posse da presidente socialista Michelle Bachelet na terça-feira.

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No encontro, os 12 países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) tentarão organizar uma instância para o diálogo entre o governo da Venezuela e a oposição, com o objetivo de parar a onda de protestos no país, que já deixou 21 mortos.

"Não queremos apenas uma declaração, mas algum tipo de alternativa para ajudar o diálogo político entre o governo, a oposição, os diferentes setores neste país irmão", declarou à imprensa o novo ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Munoz.

"O Chile sempre tentará ser um país que ajuda a concórdia, o consenso", acrescentou o anfitrião da reunião, que iniciará às 16H30.

O objetivo do encontrou segundo a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é formar um comitê para auxiliar o diálogo na Venezuela.

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"Os presidentes instruíram seus ministros das Relações Exteriores a realizar uma reunião para criar uma comissão que possa integrar representantes de toda a região, e possibilitar o diálogo para a construção de uma atmosfera de acordo, consenso e estabilidade na Venezuela", declarou Dilma a jornalistas em Santiago.

O Equador espera, por sua vez, que os chanceleres manifestem apoio "à ordem constitucional e ao governo legitimamente eleito" da Venezuela, segundo o presidente Rafael Correa.

A reunião contará com a presença do ministro das Relações Exteriores venezuelano Elias Jaua, que viajou para a posse da presidente Bachelet representando Nicolás Maduro, que cancelou sua visita a Santiago.

Ao chegar na capital chilena, Jaua assegurou que o governo de Maduro "enfrenta uma tentativa violenta de derrubada, já neutralizada".

"A Venezuela é um dos países importantes da Unasul. Merece todo o apoio dos países da América do Sul", afirmou o chanceler argentino, Hector Timermann.

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Enquanto isso, para o Peru, "é importante respeitar a não interferência" na política interna de um país como a Venezuela, de acordo com declarações do presidente Ollanta Humala.

E Bachelet ofereceu há alguns dias o seu apoio a uma solução para a crise na Venezuela, enquanto a Colômbia, cujo presidente foi acusado por Maduro de se intrometer nos assuntos internos de seu país, não se pronunciou decidiu sobre a sua posição na a reunião.

A Unasul foi criada em 2008 sob a liderada do Brasil para promover a integração regional.

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