Venezuela: crise piora após 3 meses de protestos e 44 mortes
Crise, que eclodiu em 12 de fevereiro, se agravou após prisão em massa de 250 estudantes na última semana; oposição suspendeu as negociações com o governo, enquanto parentes dos presos questionam por que manifestações pacíficas são reprimidas
Um jovem universitário fala, com um megafone, para um pequeno grupo de pessoas que o rodeiam na praça Mene de Colinas de Bello Monte, em Caracas. Trata-se de uma assembleia de vizinhos que ocorreu na noite de terça-feira, um dia depois que completaram-se três meses da recente escalada de protestos na Venezuela, que já deixou um saldo de 44 mortes.
“Reajam! Não os convoco para a violência, mas saiam de suas casas!”, disse aos espectadores, com um chamado para que não interrompam as manifestações de descontentamento com o governo do presidente Nicolás Maduro.
Após um trimestre de manifestações, a intensidade do conflito não parece diminuir e suas consequências têm afestado os principais atores do cenário político do país. "O governo vem pagando um custo alto: as pesquisas mostram que mais da metade da população o considera autoritário. Isso está relacionado com a forma como tem lidado com as manifestações, que tem sido vista como repressiva. A isso, se somou a escassez de de produtos básicos e a inflação que geraram uma percepção crescentemente negativa da situação", diz John Magdaleno, especialista em ciências políticas e diretor da empresa Polity.
A oposição, no entanto, não tem se fortalecido no período e as tensões internas se afloraram.
O método de bloqueio de vias públicas, conhecido como "guarimbas", não obteve consenso entre os que o consideram uma forma violenta que retira a legitimidade de outras maneiras de expressar descontentamento. “E também revivou uma velha divergência estratégica sobre qual é o caminho correto para enfrentar o governo. Há divisão entre os que pensam que se deve adotar uma fórmula basicamente eleitoral e aqueles que acreditam que isso não é suficiente e que deve existir pressão nas ruas", afirma Magdaleno.
Detenções em massa
Publicidade
Um dos marcos mais graves do conflito ocorreu na quinta-feira passada: a detenção de quase 250 jovens em quatro acampamentos espalhados por Caracas, onde pernoitavam como forma de manifestação pacífica. Funcionários da Guarda Nacional Bolivariana os apreenderam, de surpresa, no meio da madrugada. As audiências realizadas nos tribunais tem sido classificadas como as maiores da história judicial, por ativistas de direitos humanos. Os juizes mantiveram atrás das grades onze dos detidos.
Os outros jovens foram submetidos ao regime de liberdade condicional até que se defina se serão julgados criminalmente, uma situação semelhante a que se encontram 1.700 dos quase 3 mil venezuelanos que foram presos por atos ligados ao conflito nesses três meses, segundo dados da ONG Foro Penal. "
“Se intimida com julgamentos os que participam de protestos, se criminaliza o direito de manifestar", diz Marino Alvarado, diretor da Provea, outra organização de direitos humanos.
Fernando Jaramillo foi um dos jovens detidos no acampamento instalado nos arredores da sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. “Nos detiveram por volta das 3h da manhã. Estávamos dormindo quando os militares chegaram. Muitos de nós chegaram descanlços na sede da Guarda Nacional Bolivariana onde nos prenderam. Os militares pegaram nossos documentos de identidade, nosso dinheiro e telefones celulares", relata o jovem, que tinha vindo do estado Bolívar, na fronteira com o Brasil. Ele foi liberado, mas terá que comparecer a cada 15 dias aos tribunais até saber será julgado.
Miguel Rodríguez Torres, ministro de Relações Interior, Justiça e Paz, foi a figura do governo que liderou a evacuação dos acampamentos e disse que os locais haviam sido utilizados como refúgios para os que participaram em atos violentos como os ataques a sedes do governo. Tem insistido que 49 jovens foram confirmados, com provas, de terem consumido drogas e
Ha insistido en que 49 jóvenes tiveram teste de consumo de drogas positivo e que portavam itens como coqueteis molotov. “Não eram locais de protesto pacífico”, declarou o porta-voz, que segue a linha oficial de identificar protestos como um golpe de Estado. Ontem, durante outras marchas, mais de 100 prisões foram feitas em diversos pontos de Caracas.
As apreensões em massa se converteram em um dos fatores que tem afetado o processo de diálogo entre o governo e a MUD (Mesa de la Unidad Democrática), a principal coalizão opositora, que declarou esta semana a suspensão de sua participação nas conversas que são supervisionados pelos Ministérios das Relações Exteriores do Brasil, Colômbia, Equador, representantes da Unasul, e do Vaticano.
Publicidade
Ramón Guillermo Aveledo, porta-voz da aliança, argumenta que Maduro e sua equipe não cedem em suas posições repressivas e aos pedidos da MUD, como a libertação dos que são considerados presos políticos e o estabelecimento de uma comissão da verdade para investigar imparcialmente as responsabilidades pelos assassinatos de 12 de fevereiro.
Maduro respondeu que não vai se retirar do diálogo mas outros porta-vozes do partido do governo afirmam que a decisão opositora reflete sua pouca vontade de paz. Magdaleno opina que os diálogos tenrão esse pano de fundo: “Os atores buscarão enquadras seus rivais como responsáveis por não haver saídas".
Ficaram presos
Gerardo Carrero foi outro dos líderes estudantis detidos no acampamento do PNUD. Diferente da maioria, ficou detido na sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional acusado de crimes de obstrução e tráfico de drogas em pequena quantidade. Carrero é estudante de criminalística na Universidade Católica de San Cristóbal, em Táchira, estado fronteriço com a Colômbia, onde os protestos foram os mais intensos do país.
Publicidade
Seu pai, que tem o mesmo nome, foi informado pelas notícias sobre o que ocorreu no acampamento onde estava seu filho: "Nunca pensei que poderiam fazer isso contra uma forma tão pacífica de protestar. Até 'plantaram' drogas para que ele parecesse um traficante. Ele estava há dois meses em Caracas, era reservado e um dia me disse nada além de que ia sair para lutar pela Venezuela". Agora enfrenta a possibilidade de um julgamento, como mais de 160 venezuelas que seguem privados de liberdade por atos associados à convulsão que tem sacudido a Venezuela. Feridas políticas seguem sendo abertas no país.
1 de 83
16 de fevereiro - Governo venezuelano afirma que as manifestações são parte de um "golpe de estado fascista em marcha" e acusa grupos de ultradireita
Foto: Reuters
2 de 83
16 de fevereiro - Quase três mil estudantes protestaram em Caracas no domingo
Foto: Reuters
3 de 83
16 de fevereiro - Manifestantes de oposição participam de protesto contra o presidente Nicolas Maduro no último domingo, em Caracas
Foto: Reuters
4 de 83
16 de fevereiro - Manifestante usa máscara com a bandeira da Venezuela durante protesto, em Caracas
Foto: Reuters
5 de 83
16 de fevereiro - Jovens caminham em meio a gás de efeito moral jogado pela polícia durante protesto contra o governo de Maduro
Foto: Reuters
6 de 83
16 de fevereiro - Durante quase duas semanas, milhares de estudantes de todo o país têm protestado nas ruas
Foto: Reuters
7 de 83
14 de fevereiro - Com bandeiras e cartazes contra a violência e contra o governo de Nicolás Maduro, centenas de estudantes se reuniram na Praça Altamira, no leste de Caracas
Foto: EFE
8 de 83
14 de fevereiro - Mais de mil estudantes voltaram às ruas de Caracas, nesta sexta-feira, para protestar contra o governo, de maneira pacífica, enquanto setores governistas preparam uma marcha "contra o fascismo" para este sábado
Foto: EFE
9 de 83
14 de fevereiro - Protestos têm registrado grande número de feridos
Foto: EFE
10 de 83
14 de fevereiro - Polícia foi acionada para conter os manifestantes
Foto: EFE
11 de 83
14 de fevereiro - Há 11 dias, grupos de estudantes e opositores ao governo iniciaram em diferentes cidades passeatas contra a insegurança, a inflação e a escassez de produtos
Foto: EFE
12 de 83
14 de fevereiro - Há 11 dias, grupos de estudantes e opositores ao governo iniciaram em diferentes cidades passeatas contra a insegurança, a inflação e a escassez de produtos
Foto: AFP
13 de 83
14 de fevereiro - Parentes, amigos e manifestantes velam o corpo do estudante Juan Montoya, um dos três mortos durante protestos na Venezuela
Foto: AFP
14 de 83
18 de fevereiro - O presidente Nicolás Maduro exigiu de seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, nesta terça-feira, que pare "de se meter nos assuntos internos" da Venezuela
Foto: EFE
15 de 83
18 de fevereiro - Manifestantes permaneceram nas ruas de Caracas até o final da noite
Foto: EFE
16 de 83
18 de fevereiro - Venezuelana residente no México segura cartaz em apoio ao líder da oposição, Leopoldo López, que se entregou nesta terça-feira
Foto: Reuters
17 de 83
18 de fevereiro - Venezuelanos residentes no México protestam contra o governo de Nicolás Maduro
Foto: Reuters
18 de 83
18 de fevereiro - Menina venezuelana acende velas que pedem "SOS" em protesto no México
Foto: Reuters
19 de 83
18 de fevereiro - Menino acende velas em apoio aos protestos que acontecem na Venezuela
Foto: Reuters
20 de 83
18 de fevereiro - "Venezuelanos em Monterrey, nós apoiamos nossos estudantes e irmãos", diz cartaz dos manifestantes venezuelanos que moram no México
Foto: Reuters
21 de 83
18 de fevereiro - Dezenas se reuniram no México para dar apoio aos protestos que acontecem há dias na Venezuela
Foto: Reuters
22 de 83
18 de fevereiro - Venezuelana chora em protesto nesta terça-feira
Foto: Reuters
23 de 83
22 de fevereiro - Mulher toca ombro de policial da Guarda Nacional durante marcha da oposição em San Cristóbal
Foto: AFP
24 de 83
22 de fevereiro - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ergue uma flor durante ato em Caracas
Foto: AFP
25 de 83
22 de fevereiro - Marcha da oposição em Caracas
Foto: AFP
26 de 83
22 de fevereiro - Multidão de manifestantes em novo protesto nas ruas de Caracas contra o governo do presidente Nicolás Maduro
Foto: AFP
27 de 83
22 de fevereiro - Henrique Randonski Capriles, um dos líderes opositores, na chegada ao protesto em Caracas
Foto: AFP
28 de 83
22 de fevereiro - Marcha opositora em San Cristóbal, capital do Estado ocidental de Táchira
Foto: AFP
29 de 83
22 de fevereiro - Manifestante participa de protesto em Caracas com cartaz com a imagem do ex-presidente Hugo Chávez
Foto: AFP
30 de 83
23 de fevereiro - Moradora exibe retrato do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez durante passeata de anciãos em apoio ao governo de Nicolás Maduro, em Caracas
Foto: AP
31 de 83
23 de fevereiro - Homem com camiseta de Simón Bolívar, herói da independência latino-americana, canta em apoio a Maduro durante passeata de anciãos em Caracas
Foto: AP
32 de 83
23 de fevereiro - Pedro Pablo Rivero, 81 anos, participa de passeata de anciãos em apoio ao governo de Nicolás Maduro na capital da Venezuela, Caracas
Foto: AP
33 de 83
23 de fevereiro - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acena à multidão ao lado de sua esposa, Cilia Flores, em dia de ato público de apoio ao governo venezuelano
Foto: AP
34 de 83
24 de fevereiro - Manifestantes antigoverno montaram barricadas e começaram incêndios na capital venezuelana nesta segunda-feira
Foto: Reuters
35 de 83
24 de fevereiro - Motociclistas entram em confronto com estudantes que bloqueiam rua em Caracas
Foto: Reuters
36 de 83
24 de fevereiro - Motoqueiros pró-Maduro desfilam por avenida da capital, Caracas, durante protesto
Foto: Reuters
37 de 83
24 de fevereiro - Manifestantes entram em confronto com policiais em Altamira, no leste de Caracas
Foto: EFE
38 de 83
24 de fevereiro - Manifestantes improvisam equipamentos de defesa e ataque durante confrontos
Foto: EFE
39 de 83
26 de fevereiro - No Palácio Presidencial de Miraflores, Maduro recebeu representantes religiosos, empresários, intelectuais, jornalistas, deputados e governadores do partido governista. Os representantes dos partidos reunidos na oposição decidiram boicotar o encontro, que qualificaram de manobra de distração
Foto: EFE
40 de 83
27 de fevereiro - Um manifestante da oposição corre com um escudo improvisado durante confronto com a polícia, em Caracas
Foto: Reuters
41 de 83
27 de fevereiro - Manifestante faz uma pausa durante confronto com a polícia na Praça Altamira, em Caracas
Foto: Reuters
42 de 83
27 de fevereiro - Manifestante dispara morteiro durante protesto contra o president da Venezuela, Nicolás Maduro
Foto: Reuters
43 de 83
08 de março - Manifestantes fogem de gás lacrimogêneo em Caracas
Foto: EFE
44 de 83
08 de março - Manifestante lança bomba contra a polícia durante protesto. O governo impediu a realização de uma manifestação durante o Dia Internacional das Mulheres
Foto: EFE
45 de 83
10 de março - Manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro participam de protestos em Caracas
Foto: Reuters
46 de 83
10 de março - Manifestantes participam de protesto em Caracas
Foto: Reuters
47 de 83
10 de março - Manifestante anti-governo atira pedras contra a polícia durante um protesto na praça Altamira em Caracas
Foto: Reuters
48 de 83
10 de março - Polícia Nacional em motocicletas passa em nuvem de gás lacrimogênio durante manifestação anti-governo na Praça Altamira, em Caracas
Foto: Reuters
49 de 83
10 de março - Policial persegue um manifestante oposiçista ao Governo de Nicolás Maduro, na Praça Altamira, em Caracas. A escalada de violência em protestos contra o presidente já dura um mês
Foto: Reuters
50 de 83
10 de março - Estudante universitário Daniel Tinoco, de 24 anos, é retirado de um veículo ao chegar ao hospital, depois de ter levado um tiro na testa por homens armados não identificados em uma moto, durante protesto em San Cristobal, Tachira, Venezuela
Foto: AFP
51 de 83
20 de março - Polícia joga spray de pimenta em manifestantes que protestaram próximo à Universidade Central de Caracas
Foto: AP
52 de 83
20 de março - Manifestantes e policiais se confrontaram na capital Caracas
Foto: AP
53 de 83
20 de março - Guarda Nacional Bolivariana tenta conter manifestantes na capital Caracas
Foto: AP
54 de 83
20 de março - Policiais atiram balas de efeito moral e gás contra pessoas que participam de protesto contra o governo
Foto: AP
55 de 83
20 de março - Manifestante enfrenta soldados da Guarda Nacional Bolivariana durante protesto
Foto: AP
56 de 83
20 de março - Policial é tomado por chamas durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro
Foto: Reuters
57 de 83
20 de março - Pessoas encapuzadas enfrentam as forças do governo
Foto: Reuters
58 de 83
17 de março - Membros da polícia se protegem da ação dos manifestantes nos arredores de Caracas
Foto: Reuters
59 de 83
17 de março - Manifestante caminha próximo a ônibus incendiado, na capital Caracas
Foto: Reuters
60 de 83
1 de abril - agente da Polícia Nacional Bolivariana dispara gás lacrimogêneo contra manifestantes que protestam contra o governo de Maduro, em Caracas
Foto: AP
61 de 83
1 de abril - manifestantes se protegem de gás lacrimogêneo lançado pela Polícia Nacional Bolivariana durante protesto na capital Caracas
Foto: AP
62 de 83
1 de abril - manifestante é detido pelas forças de segurança do governo durante protesto
Foto: AP
63 de 83
2 de abril grupo de manifestantes opositores do governo do presidente Nicolas Maduro incendeiam ônibus em Caracas
Foto: EFE
64 de 83
1 de abril - manifestantes enfrentam policiais da Guarda Nacional Bolivariana em Chacao
Foto: EFE
65 de 83
1 de abril - membros da Guarda Nacional detêm manifestante em Caracas. A Igreja Católica acusou o presidente Nicolas Maduro de tentar implantar um regime totalitário no país
Foto: Reuters
66 de 83
1 de abril - funcionários do governo deixam escritório após manifestantes colocarem fogo no edifício
Foto: Reuters
67 de 83
1 de abril - líder da oposição Maria Corina Machado é barrada pela polícia após ela tentar entrar non Parlamento Venezuelano em Caracas
Foto: Reuters
68 de 83
29 de março - Manifestantes se enfrentam com agentes das forças do governo no distrito de Chacao
Foto: Reuters
69 de 83
26 de março Policiais prendem manifestante na capital Caracas
Foto: Reuters
70 de 83
3 de abril - estudante é agredido e despido por partidários do governo de Nicolás Maduro, durante manifestação na Universidade Central da Venezuela, em Caracas
Foto: AP
71 de 83
3 de abril manifestantes lançam pedras contra a Polícia Nacional Bolivariana durante enfrentamentos na Universidade Central da Venezuela, em Caracas
Foto: AP
72 de 83
3 de abril - estudante é atacado por partidários do governo de Nicolás Maduro na Universidade Central da Venezuela
Foto: AP
73 de 83
3 de abril - policial à paisana é socorrido por colegas depois de ser atingido por fogos de artifício lançados por estudantes da Universidade Central da Venezuela
Foto: AP
74 de 83
6 de abril - manifestantes e policiais entram confronto em Caracas
Foto: Reuters
75 de 83
6 de abril - membros da Guarda Nacional disparam bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes, em protestos na capital, Caracas
Foto: Reuters
76 de 83
4 de abril - manifestantes contrários ao governo usam estilingue para atirar pedras contra membros das forças de segurança, em Caracas
Foto: Reuters
77 de 83
17 de abril - manifestante anti-governo lança um coquetel molotov contra policiais durante os distúrbios com a polícia em Caracas
Foto: Reuters
78 de 83
17 de abril - policiais se protegem contra foguetes lançados por manifestantes anti-governo durante os distúrbios com a polícia em Caracas; protestos no país já deixaram pelo menos 40 mortos
Foto: Reuters
79 de 83
17 de abril - Polícia se protege de foguetes lançados por manifestantes anti-governo durante os distúrbios com a polícia em Caracas. Estudantes venezuelanos estão marchando com os pés descalços, trabalhando na construção de crucifixos e planejando queimar efígies do presidente Nicolas Maduro para tentar insuflar movimento de protesto durante a Páscoa
Foto: Reuters
80 de 83
17 de abril - manifestante anti-governo lança um objeto com gás, antes arremessado pela polícia contra estudantes, durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas
Foto: Reuters
81 de 83
17 de abril - manifestante anti-governo se afasta de gás lacrimogêneo usado pela polícia durante distúrbios com a polícia em Caracas
Foto: Reuters
82 de 83
17 de abril - manifestante anti-governo toma cobertura atrás de um escudo rudimentar durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas
Foto: Reuters
83 de 83
17 de abril - manifestantes anti-governo lançam fogos de artifício contra a polícia durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas