Venezuela diz que 58 estrangeiros foram presos em protestos

Entre os detentos estão colombianos, um norte-americano, um espanhol e um árabe, que, segundo o Governo, teriam incitado protestos contra o governo de Nicolás Maduro

2 mai 2014 - 18h46
<p>Manifestantes anti-governo participam de manifestação em 1º de maio, em Caracas</p>
Manifestantes anti-governo participam de manifestação em 1º de maio, em Caracas
Foto: Reuters

A Venezuela afirmou nesta sexta-feira que pelo menos 58 estrangeiros foram detidos sob suspeita de terem incitado uma onda de violentos protestos contra o governo socialista nos últimos três meses.

O ministro do Interior, Miguel Rodríguez, disse em entrevista coletiva que vários colombianos, um norte-americano, um espanhol e um árabe estavam entre as dezenas de "mercenários" que, garante ele, incitaram a violência durante as manifestações contra o presidente Nicolás Maduro.

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"Até a data são 58 presos de outras nacionalidades, quase todos envolvidos com o uso de armas", disse Rodríguez.

Desde o início dos protestos, em fevereiro, 41 pessoas morreram e 800 ficaram feridas, segundo dados oficiais.

Maduro, que parece ter resistido à pior onda de protestos em mais de uma década no país, afirma que a oposição está planejando um golpe com a ajuda dos Estados Unidos.

Rodríguez acusou os políticos de direita norte-americanos, o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe e vários ativistas de direitos humanos e opositores venezuelanos de estarem envolvidos em um plano para provocar os distúrbios, uma denúncia comum nos últimos 15 anos de socialismo.

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"Os protestos não foram espontâneos", disse ele.

"O que a Venezuela está vivendo é, sem dúvida alguma, um plano de conspiração insurrecional com o claro propósito de derrubar o governo legitimamente estabelecido no país, e esse plano obedece a um objetivo estratégico permanente do Departamento de Estado dos Estados Unidos", disse.

Os manifestantes da oposição negam as acusações, dizendo que os protestos nasceram da frustração dos venezuelanos com a alta inflação, a criminalidade desenfreada e a escassez de produtos básicos.

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