Venezuela: número de mortes em protestos sobe para 33

22 mar 2014 - 17h08

Dois venezuelanos morreram por ferimentos causados por tiros durante os protestos contra o presidente Nicolás Maduro, neste sábado, segundo testemunhas e a mídia local. As mortes elevam o número para 33, em quase dois meses de protestos contra o governo.

Manifestantes da oposição que se queixam de aumento dos preços e escassez de produtos prometeram permanecer nas ruas até que Maduro renuncie, apesar de haver poucos sinais de que a pior onda de protestos no país em uma década irá forçá-lo a sair do cargo.

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Argenis Hernandez, 26 anos, foi baleado no abdômen quando estava protestando perto de uma barricada no centro da cidade de Valência e morreu na manhã deste sábado em um hospital próximo, de acordo com relatos da mídia local. Um motociclista teria tentado atravessar a barricada e atirado contra os manifestantes quando eles não o deixavam passar, ferindo Hernandez.

A outra morte é do motorista Wilfredo Rey, 31, que faleceu nesta sexta-feira à noite depois de ser baleado na cabeça durante um confronto entre manifestantes e pistoleiros encapuzados na cidade ocidental de San Cristobal, de acordo com moradores do bairro onde ocorreu o incidente. Rey não estaria envolvido nos protestos, segundo informações.

Protestos de rua da oposição começaram em fevereiro contra o aumento dos preços ao consumidor, a escassez de produtos e criminalidade desenfreada. Eles se intensificaram depois que três pessoas foram mortas em 12 de fevereiro, no centro de Caracas.

As manifestações, desde então, têm variado de marchas pacíficas a confrontos violentos entre a polícia e manifestantes encapuzados atirando pedras e coquetéis molotov.

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