Venezuela: ONU pede investigação sobre violências no país

19 pessoas já morreram em manifestações; para a ONU, os responsáveis pela violência nos protestos devem responder por seus atos na justiça

6 mar 2014 - 16h24
Guardas nacionais detém manifestante durante protestos em Caracas, em 6 de março. Um soldado e um motociclista morreram em confrontos
Guardas nacionais detém manifestante durante protestos em Caracas, em 6 de março. Um soldado e um motociclista morreram em confrontos
Foto: Reuters

Cinco autoridades da ONU exigiram das autoridades da Venezuela que os casos de agressão contras manifestantes e jornalistas sejam investigados, e pediram a libertação de "qualquer pessoa que permaneça detida arbitrariamente".

"Os recentes episódios de violência ocorridos nos protestos na Venezuela devem ser investigados urgentemente, e os responsáveis devem responder por seus atos na justiça", indicaram, em um comunicado conjunto.

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O texto também alerta contra as denúncias de violência contra jornalistas e o fechamento de meios de comunicação. "O país necessita de mais informações sobre os atuais protestos, e não menos", afirma.

Assinaram o documento os relatores da ONU para diversos setores, como liberdade de opinião e expressão, Frank La Rue; direito de liberdade de reunião e associação pacífica, Maina Kiai; tortura, Juan Méndez; situação dos defensores de Direitos Humanos, Margaret Sekaggya; e o presidente e relator do grupo de trabalho sobre detenções arbitrárias, Mads Andenas.

Os cinco expressaram sua "consternação pela morte de ao menos 18 pessoas nas manifestações".

Há um mês protestos estudantis, apoiados pela oposição, ocorrem em diversas partes da Venezuela, deixando até agora 18 mortos e 260 feridos, e tendo sido classificados pelo governo de Nicolás Maduro como uma tentativa de golpe de Estado.

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Venezuela: protestos deixam mortos e feridos; governo fala em golpe

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