Venezuela: oposição insiste em cinco condições para diálogo

14 mar 2014 - 01h31
(atualizado às 03h09)
Aliança dos partidos de oposição afirmou que "todo o povo venezuelano está farto da violência"
Aliança dos partidos de oposição afirmou que "todo o povo venezuelano está farto da violência"
Foto: EFE

A aliança dos partidos de oposição na Venezuela insistiu nesta quinta-feira em uma agenda de cinco pontos que considera "vitais" para poder se sentar para dialogar com o governo.

Após afirmar que "todo o povo venezuelano está farto da violência", da escassez de produtos básicos e da insegurança, a opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) coloca em um documento suas condições para responder à chamada ao diálogo lançado pelo presidente do país, Nicolás Maduro.

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A MUD menciona como primeira condição a liberdade do dirigente opositor Leopoldo López e de "todos os presos políticos", assim como o "retorno dos exilados" e a "anulação das sentenças de criminalização da dissidência".

Como segundo ponto, a aliança opositora coloca "justiça para todas as vítimas da repressão" e uma "investigação independente que culmine em detenção, processo e castigo dos que perpetraram crimes" no marco dos protestos iniciados em 12 de fevereiro quando um protesto pacífico em Caracas terminou com incidentes e três mortos.

A MUD pede, em terceiro lugar, um "fim à fome, ao racionamento e às filas " (filas para conseguir produtos básicos), enquanto como quarto ponto exige o fim da insegurança e da delinquência, em um país com uma alta taxa de criminalidade.

A plataforma opositora chamou, além disso, a um "diálogo verdadeiro, com uma agenda clara, em igualdade de condições e com transmissão ao vivo pelos meios de comunicação com presença de uma pessoa de boa fé, nacional ou estrangeira, que garanta, facilite ou intermedeie".

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"São os temas que a aliança de partidos considera de vital importância para entrar em processo de entendimento de busca de solução para a grande crise na qual o país se encontra imerso", assinala o documento.

Maduro instalou em fevereiro a Conferência de Paz como uma janela de diálogo perante os protestos, mas a convocação não contou com a assistência da MUD, que questionou o compromisso do governo a fim da violência.

Um dos que questionou a chamado ao diálogo foi o líder opositor Henrique Capriles, ao assinalar que apesar de ser a favor da paz, não fará parte de um "bloco", em referência ao convite à Conferência de Paz.

Capriles voltou a acusar nesta quinta-feira Maduro via Twitter: "Nicolás te disse mil vezes, não aguenta debater comigo! Além disso, o debate tem que ser nas ruas! Atende o caos que criaste!", sustentou o dirigente opositor e governador do Estado Miranda.

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