A ex-parlamentar Maria Corina Machado, favorita para vencer a indicação da oposição da Venezuela à eleição presidencial nas primárias de outubro, está proibida de ocupar cargos públicos por 15 anos, disse a Controladoria-Geral em uma carta.
Machado, engenheira industrial de 55 anos, está liderando as pesquisas das primárias com 13 integrantes que foram convocadas para selecionar um candidato para enfrentar o presidente Nicolás Maduro na eleição de 2024.
Uma proibição anterior imposta a ela foi ampliada porque Machado apoiou sanções dos Estados Unidos ao governo de Maduro e endossou o ex-líder da oposição, Juan Guaidó, disse a carta.
Machado está proibida de sair da Venezuela há nove anos e havia sido barrada de cargos públicos por 12 meses em 2015 porque, segundo a controladoria, não incluiu alguns benefícios que recebeu quando era parlamentar em sua declaração de patrimônio. Machado diz que nunca recebeu os benefícios.
O parlamentar José Brito, que serve na assembléia nacional controlada pelo partido governista, pediu à controladoria esta semana para esclarecer a situação de Machado.
"A cidadã Maria Corina Machado Parisca... está inabilitada para o exercício de qualquer cargo público pelo prazo de 15 anos", disse a controladoria em sua resposta, datada de 27 de junho e compartilhada por Brito nesta sexta-feira.
Machado, que propôs privatizar a empresa estatal de petróleo PDVSA e reestruturar a dívida da Venezuela, disse a apoiadores na quinta-feira que uma "proibição do regime é lixo, significa nada", acrescentando que mostrava que o governo Maduro "está sendo derrotado".
Essa proibição não afeta a candidatura de Machado nas primárias, que estão sendo realizadas pela oposição sem apoio estatal, mas significa que ela não poderá ser registrada junto às autoridades eleitorais para disputar a eleição presidencial.