Venezuela retém 1,5 mil jatos privados em combate ao tráfico

Nicolás Maduro, afirmou que lançou "uma operação secreta às 5h da manhã"

28 nov 2014 - 17h35
(atualizado às 17h38)
<p>"Tomei os aeroportos do país e já temos 1,5 mil jatos privados, revisando nossa história", disse Maduro</p>
"Tomei os aeroportos do país e já temos 1,5 mil jatos privados, revisando nossa história", disse Maduro
Foto: BBC Mundo / Copyright

Cerca de 1,5 mil aviões particulares ficaram retidos de maneira "preventiva" em vários aeroportos da Venezuela nesta sexta-feira (28). Segundo as autoridades, os jatos apresentavam "documentos inconsistentes" e as aeronaves foram barradas após o início de uma "operação secreta" do governo. Na "Céu Soberano", foram proíbidas as saídas de "voos privados" de sete terminais aéreos de toda a Venezuela. 

O presidente, Nicolás Maduro, afirmou que lançou "uma operação secreta às 5h da manhã". "Tomei os aeroportos do país e já temos 1,5 mil jatos privados, revisando nossa história". O mandatário falou durante o ato pelos 94 anos da Aviação Militar Bolivariana e os 22 anos da rebelião cívico-militar de 27 de novembro de 1992 contra o governo de Carlos Andrés Perez (1989-1993).

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"E assim lhes digo: corruptos temam porque o Corpo Nacional contra a Corrupção irá para as ruas e buscará vocês onde estiverem", advertiu Maduro. Com isso, o governo pretende usar "medidas contundentes" para exercer "mecanismos de controle e regulação" na aviação privada com foco na "erradicação" do tráfico ilícito de drogas, combater a corrupção e "neutralizar as ameaças constantes que cercam" o país.

O vice-presidente executivo, Jorge Arreaza, contou ainda que o plano estará presente em todos os terminais aéreos e é parte das recentes leis decretadas por Maduro desde o dia 19 de outubro.

As medidas querem fortalecer a luta contra a "guerra econômica e a corrupção". De acordo com Arreaza, "esta é uma ação necessária, pois a liberdade nos voos e nos voos privados da Venezuela deve ser controlada pelo Estado". Centenas de militares e funcionários civis de organismos como a Guarda Nacional Bolivariana (GBN), a Oficina Nacional Antidrogas (ONA) e o Corpo Nacional Anti-corrupção realizam inspeções acompanhados de cachorros treinados para detectar drogas.

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Os aeroportos afetados pelas medidas são o "Aeroporto Internacional Simon Bolívar, em Vargas, o La Chinita, em Zulia, o Arturo Michelena, em Valência, o Santiago Mariño, em Nova Esparta, o José Anzoátegui, em Barcelona, e o Machado Zuloaga e o Metropolitano em Los Valles del Tuy". Entre todos os aviões apreendidos apenas um apresentava "particularidades", estando sem nenhuma autorização ou permissão para operações dentro do território nacional.

 
Fonte: ANSA Brasil
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