Venezuela: sindicato denuncia agressões a 31 jornalistas em protestos

20 fev 2014 - 01h13
(atualizado às 01h15)

Pelo menos 31 jornalistas foram "reprimidos, detidos e roubados" por efetivos das forças da ordem e por desconhecidos, durante os protestos contra o governo venezuelano nas últimas duas semanas, denunciou o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP), em nota divulgada nesta quarta-feira.

"Os ataques por parte de organismos de segurança, policiais e militares, e de pessoas armadas contra jornalistas aumentaram nos últimos três dias (...) durante a cobertura dos protestos", informou o SNTP.

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As agressões a jornalistas da imprensa local e internacional foram registrados, principalmente, na capital, Caracas, e nos estados Zulia, Bolívar e Apure, acrescentou o informe do SNTP.

"Os ataques contra os comunicadores sociais são cada vez mais violentos, destacando-se as ameaças com armas de fogo", declarou o secretário-geral do SNTP, Marco Ruiz.

Na terça, "o correspondente da rede CNN International foi roubado por homens motorizados armados. Os agressores carregaram as câmeras, equipamentos de transmissão e os telefones do jornalista", denunciou o SNTP em seu relatório.

Durante os protestos, as equipes de vídeo das agências de notícias Associated Press (AP) e Agence France-Presse (AFP) também foram roubadas.

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Um repórter do jornal "Panorama", de Zulia (oeste), foi "perseguido" por policiais , que o "arrastaram pelo chão para roubar sua câmera fotográfica". Em Bolívar, "pessoas armadas identificadas com o governo" roubaram dois jornalistas. Em Apure, "militantes governistas agrediram dois repórteres", acrescentou o sindicato.

O SNTP pediu ao ministro venezuelano do Interior, Miguel Rodríguez, e à militar Guarda Nacional Bolivariana "que faça circular instruções para que se proteja e se garanta a integridade dos jornalistas".

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