Ativistas venezuelanos e cubanos fizeram lobby na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira para investigar as mortes de dezenas de estudantes que participaram de manifestações em Caracas e a prisão de dissidentes cubanos.
As duas potências latino-americanas, lideradas pelos presidentes socialistas Nicolás Maduro e Raúl Castro, estão entre os 47 membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
“Viemos a Genebra para pedir à ONU que envie uma missão à Venezuela para avaliar os casos de violações de direitos humanos às quais os estudantes foram sujeitados”, disse Eusebio Costa, estudante, ativista e presidente do Centro Estudantil da Universidade Católica Santa Rosa, em Caracas, em uma entrevista coletiva à imprensa.
Ele afirmou que 117 estudantes ainda estão detidos, alguns em prisões militares de segurança máxima, depois de três meses de protestos. Quarenta e duas pessoas, incluindo 38 estudantes, foram mortas nos episódios de violência no país produtor de petróleo.
O governo diz que os protestos foram uma cortina de fumaça para uma conspiração, apoiada pelos Estados Unidos, para depor o sucessor do falecido Hugo Chávez.
Ativistas cubanos, apoiados por grupos incluindo UN Watch, disseram que autoridades detiveram e agrediram Jorge Luis Garcia Perez, um dissidente conhecido como "Antúnez" que anteriormente cumpriu 17 anos na prisão, e sua mulher Yris Tamara Pérez Aguilera na semana passada.
O governo cubano alega que os ativistas estão trabalhando para os EUA com o objetivo de desacreditar Cuba.