A vida do opositor venezuelano e ex-prefeito de Chacao, Leopoldo López, preso há um ano, será levada aos cinemas em forma de documentário, informaram nesta sexta-feira, em Praga, fontes do Instituto Casla.
"Nos próximos dias nos reuniremos com os produtores para dar detalhes do caso de Leopoldo López", explicou à Agência EFE Fredo Arias-King, presidente da entidade.
Entre os diretores cogitados para o documentário estão os americanos Pamela Yates, de "Granito: How to Nail a Dictator" (2012), e Paco de Onis, de "State of Fear" (2005), disse Casla.
O Centro de Estudos Analíticos da América Latina (Casla) é um instituto assessor do Ministério das Relações Exteriores da República Tcheca e tem sede em Praga.
A iniciativa cinematográfica veio do jornalista e produtor esloveno Jaka Bizilj, diretor da fundação "Cinema for Peace".
O projeto sobre o líder progressista venezuelano, coordenador nacional do partido social-democrata Vontade Popular, será apresentado na atual edição do Festival de Cinema de Berlim.
López permanece na prisão militar de Ramo Verde junto a outros quatro estudantes detidos em fevereiro do ano passado. Sua libertação foi recomendada pelo Grupo de Trabalho da ONU sobre detenções arbitrárias.
Anistia Internacional, Human Rights Watch e outras organizações de direitos humanos também condenaram a prisão de López ao considerar que há indícios de motivos políticos por trás do processo.
"Cinema for Peace" foi criada após os atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas de Nova York com o propósito de lutar contra a violação dos direitos humanos, a desigualdade social e a mudança climática.
A iniciativa é apoiada por personalidades como Mikhail Gorbachev, Nastassja Kinski, Mohammed Ali e Leonardo di Caprio.
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