O Museu Nacional do Iraque foi reaberto oficialmente em Bagdá, 12 anos depois de ter sido fechado após a invasão ao país liderada pelos Estados Unidos. Muitas das antiguidades roubadas durante a guerra já foram recuperadas e restauradas.
A abertura do museu foi antecipada em resposta a um vídeo do grupo atodenominado Estado Islâmico que mostrou estátuas sendo destruídas em outro museu do país, em Mosul. O primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi prometeu punir os responsáveis.
"Esses bárbaros, terroristas criminosos estão tentando destruir o patrimônio da humanidade e da civilização do Iraque", disse Abadi durante a abertura do museu. "Vamos perseguí-los para fazer com que paguem por cada gota de sangue derramada no Iraque e pela destruição da civilização do Iraque.''
A Unesco pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir como proteger a herança cultural do Iraque. O vice-ministro do Turismo e das Antiguidades iraquiano, Qais Hussein Rashid, disse à AFP que as ações do "Estado Islâmico" os estimulou a abrir o museu.
"Os eventos em Mosul nos levaram a acelerar nosso trabalho e queríamos abrir hoje como uma resposta ao que as gangues de Daesh fizeram", disse, usando um acrônimo em árabe para o "Estado Islâmico".
O Museu do Iraque estima que cerca de 15 mil itens tenham sido levados no caos que se seguiu à queda de Saddam Hussein. Quase um terço foi recuperado.
A coleção abrange 7 mil anos de história, inclusindo o período da Mesopotâmia - como o Iraque foi chamado durante a maior parte da história humana -, considerado o berço da civilização.
A realidade moderna no Iraque é mais violenta. As áreas em torno de Bagdá continuam a vivenciar a violência diariamente - pelo menos 25 pessoas foram mortas em dois ataques separados ao norte da capital neste sábado.