Após golpe à Huawei, China diz que EUA precisam mostrar sinceridade para negociações

17 mai 2019 - 07h36
(atualizado às 08h14)

Os Estados Unidos precisam mostrar sinceridade para manter negociações comerciais substanciais, disse a China nesta sexta-feira, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, intensificou a disputa com um golpe à gigante chinesa de tecnologia Huawei.

Logo da Huawei em unidade da empresa em Reading, no Reino Unido
02/05/2019
REUTERS/Toby Melville
Logo da Huawei em unidade da empresa em Reading, no Reino Unido 02/05/2019 REUTERS/Toby Melville
Foto: Reuters

A China ainda não afirmou se vai retaliar contra a última medida dos EUA na tensão comercial, embora a mídia estatal tenha adotado um tom cada vez mais estridente, com o Diário do Povo do Partido Comunista publicando comentários de primeira página que evocam o espírito patriótico de guerras passadas.

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As duas maiores economias do mundo estão travadas em uma disputa comercial que levou à adoção de tarifas sobre os produtos um do outro em meio às negociações, ampliando os temores sobre os riscos ao crescimento global e afetando os mercados financeiros.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, questionado sobre as notícias que sugerem que não haverá mais discussões entre os dois países, disse que a China sempre encorajou a resolução das disputas com diálogo e consultas.

"Mas devido a certas coisas que o lado dos EUA tem feito durante as consultas comerciais anteriores entre China e EUA, acreditamos que se houver sentido nessas negociações precisa haver uma demonstração de sinceridade", disse ele a repórteres.

Os EUA deveriam observar os princípios de respeito mútuo, igualdade e benefício mútuo, e também precisam manter sua palavra, disse Lu, sem dar mais detalhes.

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Na quinta-feira, Washington colocou a fabricante de equipamentos de telecomunicações Huawei Technologies Co Ltd [HWT.UL], uma das maiores e mais bem sucedidas empresas da China, em uma lista negra que pode tornar extremamente difícil para a empresa fazer negócio com companhias dos EUA.

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