Mais de cinco meses depois, a Itália enfim removeu nesta segunda-feira (8) a cabine do teleférico de Stresa-Mottarone, cuja queda matou 14 pessoas no dia 23 de maio deste ano.
Com uma tonelada e meia de peso, a estrutura foi retirada do local do acidente por um helicóptero Erickson S-64 do Corpo de Bombeiros e levada para um campo de futebol em Gignese, 140 quilômetros a nordeste de Turim.
Em seguida, a cabine será transportada de caminhão para um galpão da província de Verbano Cusio Ossola, onde fica Gignese.
"Retornar ao local e ver ir embora aquilo que resta da cabine foi um momento simbolicamente muito doloroso e difícil, porque nos levou de volta para aquele 23 de maio", disse à ANSA a procuradora Olimpia Bossi, que acompanhou a operação.
Com a remoção do teleférico, os peritos poderão analisar seus componentes em segurança. A tragédia ocorreu após o cabo de tração ter se rompido e feito a cabine recuar em alta velocidade até se chocar contra um pilar.
Em seguida, ela caiu de uma altura de 20 metros e deslizou montanha abaixo até parar em um bosque. Já se sabe que um sistema que impedia o acionamento dos freios de emergência tinha sido deixado no teleférico de propósito para evitar seu fechamento devido a problemas técnicos.
No entanto, os investigadores ainda tentam descobrir o que causou o rompimento do cabo de tração. Das 15 pessoas a bordo da cabine, apenas uma, o menino Eitan Biran, de seis anos de idade, sobreviveu.
O garoto perdeu os pais - ambos israelenses, mas residentes na Itália -, seu irmão mais novo e dois bisavós na tragédia e hoje tem sua guarda disputada por suas famílias materna e paterna.