Um dia após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, afirmar ter recebido informações de inteligência sobre um ataque russo nesta quarta-feira, 16, a Rússia anunciou nesta terça-feira, 15, a retirada de parte de suas tropas que realizavam exercícios militares na fronteira com o país vizinho.
"Sempre dissemos que as tropas retornarão às suas bases após o término dos exercícios. Este é o caso desta vez também", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Segundo a agência Reuters, o anúncio não detalhou a quantidade de tropas que retornou para suas bases. No ponto alto da tensão entre Rússia e Ucrânia, cerca de 130 mil soldados chegaram a ocupar a fronteira entre os dois países.
O porta-voz Dmitry Peskov criticou ainda os Estados Unidos por espalhar rumores de um ataque russo iminente. "É impossível entender essa loucura maníaca da informação", afirmou.
Após o anúncio de retirada de tropas, a Ucrânia reagiu com cautela. "Se virmos uma retirada [das tropas], vamos acreditar em uma amenização", disse Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, à Interfax.
O Reino Unido, que tem mediado as discussões acerca da crise, também adotou uma postura parecida. "Os russos alegaram que não têm planos para uma invasão, mas precisaremos ver uma remoção completa de tropas para mostrar que isso é verdade", disse a secretária britânica de Relações Exteriores, Liz Truss, à rádio LBC.