A Namíbia suspendeu as importações de aves vivas, aves e produtos avícolas da África do Sul após a propagação da gripe aviária no país vizinho. A medida, que tem efeito imediato, foi desencadeada por um aumento "alarmante" nos casos de "gripe aviária altamente patogénica", afirmou o Ministério da Agricultura da Namíbia. A "importação e movimento em trânsito de frangos vivos, carne de aves, ovos e pintos da África do Sul seriam suspensos até novo aviso", afirmou a nota.
A África do Sul, um dos maiores produtores de aves do continente, relatou os primeiros casos de gripe aviária em explorações comerciais em abril, de acordo com um grupo industrial.
Segundo a Al Jazeera, a África do Sul era o "fornecedor preferencial" de frango da Namíbia, mas o país também importa aves da Europa e da América do Sul, disse porta-voz do Ministério da Agricultura, Jona Musheko.
África do Sul 🇿🇦 Crise de energia e gripe aviária desencadeiam escassez iminente de frango na África do Sul. https://t.co/hQ1YGICHCc
N.S
— Observatório do Continente Africano (@OCAfricano) September 25, 2023
No início deste mês, a Associação Sul-Africana de Avicultura disse que o país estava enfrentando duas cepas diferentes do vírus, ojá conhecido H5N1 e uma nova cepa identificada como H7N6.
A produtora Quantum Foods comunicou, na semana passada que, este ano, perdeu quase dois milhões de frangos, no valor total de mais de 100 milhões de rands (5,2 milhões de dólares), devido à doença.
A gripe aviária normalmente não infecta humanos. Mas o H5N1 está infectando cada vez mais mamíferos em todo o mundo, aumentando o receio de que possa transmitir-se mais facilmente às pessoas.
Gripe Aviária no Brasil
Nesta semana, o painel de dados para consulta online disponibilizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou que tem 109 focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) desde a primeira confirmação, que foi registrada no dia 15 de maio. Até o momento, são 109 casos de gripe aviária de alta patogenicidade em que 106 são de aves silvestres e as outras 03 em aves de subsistência.
Segundo as informações reportadas pelo ministério, há seis casos em investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo. Confira os locais:
Espírito Santo: 30 (sendo 29 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência)
Rio de Janeiro: 18 (aves silvestres)
Rio Grande do Sul: 01 (ave silvestre)
São Paulo: 32 (aves silvestres) *
Bahia: 04 (aves silvestres)
Paraná: 12 (aves silvestres)
Santa Catarina: 11 (10 em ave silvestre e 01 em ave de subsistência)
Mato Grosso do Sul: 01 em ave de subsistência