Imagine que você está visitando pela primeira vez um campo de concentração e, como em um filme, você resolve um mistério que assombrava sua família há 80 anos. Foi o que aconteceu com Yuval, um jovem de 17 anos que é morador do Bronx, em Nova York, nos EUA.
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Em uma viagem recente a Auschwitz, na Polônia, Yuval visitava uma exposição de obras de arte infantis no local, quando descobriu uma obra de arte do irmão de seu avô, Freddy Popper, que se perdeu da família aos 13 anos.
"Até agora, o destino de Freddy era apenas um rumor. Esta viagem deu à minha família uma prova e um encerramento que não imaginei ser possível", disse ao New York Post. Seu avô, Michael Popper, foi separado dos irmãos depois que a 2ª Guerra Mundial estourou e, durante toda sua vida, nunca soube o que aconteceu com Freddy.
Na época, eles moravam na Eslováquia. Michael tinha 10 anos quando foi enviado para as montanhas para se esconder no celeiro de uma família cristã. Já Freddy foi enviado para a casa dos tios em Budapeste, na Hungria.
No entanto, o casal se envenenou antes da invasão nazista, achando que Freddy sobreviveria se fosse encontrado. Michael sobreviveu à guerra, mas o destino de seu irmão mais velho o assombrou até sua morte em 2010.
"Pensei em milhares de cenários sobre o que aconteceria na viagem. E eu não poderia imaginar que seria resolver esse mistério familiar", disse Yuval.
"Eu realmente queria que meu avô tivesse visto isso e pudéssemos ter conversado sobre isso. Teria sido triste, mas acho que ele ficaria orgulho de mim por ter feito essa viagem e encontrado esse pedaço da história da família", lamentou Yuval.
Michal Poran, mãe de Yuval, declarou ao jornal que esperava que a viagem ajudasse a reunir os pedaços da história da família, mas que a descoberta a deixou atordoada. "Eu vi o nome, e meu coração parou. Eu não conseguia respirar. Ele curou algo que estava quebrado por gerações", afirmou.