O presidente da Argentina, Alberto Fernandez, decretou na noite desta quinta-feira (19) um "isolamento social preventivo obrigatório" até o dia 31 de março para tentar frear a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no país.
Na prática, a quarentena obrigatória só permitirá que os cidadãos saiam de casas para ações essenciais, como a compra de alimentos e de remédios, com exceção daqueles que trabalham em serviços essenciais - como médicos, enfermeiros, equipes de saúde, entre outros. A proibição já entrou em vigor à meia-noite desta sexta-feira (20).
"Continuamos a ter o problema de gente que não entende que não deve circular pelas ruas porque o risco de contágio é enorme. Ninguém deve sair de casa. É hora de entender que estamos protegendo a saúde de todos", destacou o mandatário.
Segundo o chefe de Estado, as Forças Armadas e a polícia farão rondas para garantir que os argentinos cumpram as medidas restritivas. Quem infringir a regra pode ser preso por "delito contra a saúde pública".
A medida se junta a outras ações já tomadas pelo governo, como a suspensão das aulas até 31 de março, o fechamento das fronteiras por 15 dias - anunciado no último 15 de março - e a obrigatoriedade de quarentena por 14 dias para todos aqueles que chegam ao território argentino.
Pouco antes do anúncio, o Ministério da Saúde atualizou os dados do avanço da Covid-19 no país. São 126 casos registrados - contra 31 anunciados no dia anterior - e três mortes causadas pelo coronavírus.