As belezas da Arábia Saudita abertas pela 1ª vez a turistas estrangeiros, incluindo brasileiros

Conheça sete pontos além das cidades sagradas de Meca e Medina que são atrações turísticas no país.

30 set 2019 - 12h40
Arábia Saudita passou a autorizar viagens para turistas de 49 países
Arábia Saudita passou a autorizar viagens para turistas de 49 países
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Pela primeira vez, a Arábia Saudita abrirá suas portas para turistas internacionais com um novo regime de vistos para 49 países.

O governo saudita divulgou a lista de todos os países que podem fazer a solicitação online, como Estados Unidos, China e Rússia.

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Segundo a Embaixada em Brasília, o Brasil está entre eles. Ainda não há informações sobre preço e nem mesmo um link onde os brasileiros possam fazer o pedido do visto.

Além de preencher um formulário, o brasileiro precisará apresentar extratos bancários dos últimos três meses, mostrar um comprovante de reserva do hotel onde ele ficará na Arábia Saudita e um comprovante de residência no Brasil.

O turista também precisará entregar duas fotos 3x4 tiradas em fundo branco e uma carta da empresa onde trabalha para comprovar vínculo empregatício.

Também será necessário comprovar que tomou a vacina contra a febre amarela por meio do certificado internacional de imunização.

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Cidadãos de países que não aparecem na lista oficial devem procurar a embaixada da Arábia Saudita para consultar se é possível obter o visto.

Até a mudança, os vistos sauditas eram concedidos apenas a trabalhadores expatriados, pessoas que visitavam o país a negócios e peregrinos que visitavam uma ou as duas cidades sagradas: Meca e Medina.

O reino também se comprometeu a relaxar seus rígidos códigos de vestimenta para as mulheres e permitir que as turistas viajem desacompanhadas para o país.

Isso tudo faz parte de um esforço saudita para implantar reformas econômicas, a fim de diminuir sua dependência do petróleo.

Mas é também numa tentativa de mudar sua imagem em meio às críticas sobre seus históricos atos contra os direitos humanos, incluindo o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi em 2018 e as ações repressivas contra os direitos das mulheres.

Existem também algumas ressalvas. As mulheres ainda precisarão se vestir "modestamente" em público, e os não muçulmanos ainda serão proibidos de visitar as cidades sagradas de Meca e Medina.

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Então, o que os novos turistas sauditas podem ver?

Cratera vulcânica de Al Wahbah

Cratera de Al Wahbah
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

No meio do deserto, a cerca de 250 km da cidade de Taif, fica Al Wahbah — uma grande cratera vulcânica com um campo de sal no centro.

Nos últimos anos Al Wahbah tornou-se um destino popular entre os aventureiros sauditas, embora seja considerada um desafio. Uma cratera com 250 metros de profundidade leva os turistas mais experientes a fazer um trajeto de ida e volta que dura de duas a três horas até o fundo.

Para aqueles que desejam algo um pouco mais calmo, o local também é conhecido por ser uma área popular de acampamento.

A antiga cidade de Mada'in Saleh

Mada'in Saleh
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Mada'in Saleh era a segunda maior cidade dos nabateus, grupo que se estabeleceu na Arábia antiga e no vale do Jordão até o território ser anexado pelos romanos em 106 d.C..

Agora, entre as ruínas, há uma vasta necrópole com 130 túmulos, pequenos altares pré-islâmicos e algumas casas de adobe — estruturas feitas de terra — onde costumava ser os alojamentos da cidade.

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Mada'in Saleh foi designada Patrimônio Mundial da Unesco em 2008 — o primeiro na Arábia Saudita a receber esse reconhecimento.

Jidá histórica e o Portão de Meca

Portão de Meca
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Outro Patrimônio Mundial da Unesco é o Portão de Meca, localizado na histórica Jidá.

No século 7 d.C., Jidá foi estabelecida como um importante porto para as rotas comerciais vindas do Índico e o ponto de entrada para os peregrinos muçulmanos que chegavam pelo mar a caminho da cidade religiosa de Meca.

Forte Masmak, em Riad

Forte Masmak
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

O Forte de Masmak, na capital saudita, Riad, foi construído pela primeira vez em 1865 — mas é mais conhecido pelo que aconteceu 37 anos depois.

Em 1902, o rei exilado, Abdulaziz bin Abdul Rahman bin Faisal Al Saud, retornou à sua ancestral cidade natal, Riad, e tomou a fortaleza.

A partir de Masmak, ele conquistou os diferentes reinos da região, antes de uni-los para formar o que hoje é o Reino da Arábia Saudita.

Fonte do Rei Fahd

Fonte do Rei Fahd
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A Fonte do Rei Fahd em Jidá é considerada a mais alta do mundo.

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Estimativas conservadoras dizem que a fonte, que foi doada à cidade pelo falecido rei Fahd e pode atirar água salgada a mais de 60 metros de altura — embora algumas estimativas estimam até 300 metros.

À noite, ele é iluminado por mais de 500 holofotes.

Umluj, também conhecida como 'as Maldivas Sauditas'

Umluj
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

As praias de Umluj — muitas vezes chamadas de Maldivas Sauditas — estão localizadas na costa do Mar Vermelho do país.

Da praia você pode ver montanhas e vulcões inativos, enquanto há fazendas de manga na região.

Arte neolítica de Jubbah e Shuwaymis

Arte neolítica de Jubbah e Shuwaymis
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Segundo a Unesco, havia um lago perto dessas formações rochosas, tornando o local um importante ponto de encontro para humanos e animais.

Ali, nossos ancestrais neolíticos deixaram sua marca, na forma desses desenhos, nas faces rochosas de Jubbah e Shuwaymis.

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