Donald Trump sofreu uma tentativa de assassinato no sábado (13/7), enquanto participava de um comício na Pensilvânia.
Ele saiu do evento com o rosto ensanguentado e afirmou ter sido atingido por um tiro que rasgou a parte superior da orelha direita.
O ex-presidente e atual candidato republicano à eleição presidencial passa bem e se recupera em casa.
O FBI nomeou Thomas Matthew Crooks , de 20 anos, como o homem suspeito de realizar o ataque armado. Ele foi morto.
No cenário internacional, políticos repudiaram o ocorrido.
No Brasil, presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o atentado como "inaceitável" e afirmou que o ato deve ser "repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política".
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também usou a rede social X (antigo Twitter) para se manifestar em "solidariedade ao maior líder mundial do momento".
Bolsonaro também desejou rápida recuperação a Trump e publicou sua mensagem junto a uma foto do republicano com a mão em punho logo após o atentado.
Poucas horas após o atentado, o atual presidente dos Estados Unidos e provável opositor a Trump nas eleições, Joe Biden, apareceu diante das câmeras para se pronunicar.
"Está doentio", disse Biden, sobre a situação.
O presidente também conversou por telefone com Trump após o ocorrido. E fez uma publicação em suas redes sociais afirmando que "não há lugar para esse tipo de violência".
"Fui informado sobre o tiroteio no comício de Donald Trump na Pensilvânia. Estou grato em saber que ele está seguro e bem. Estou rezando por ele e sua família e por todos aqueles que estiveram presentes no comício, enquanto aguardamos mais informações", disse Biden.
"Jill [a primeira-dama dos Estados Unidos] e eu estamos gratos ao Serviço Secreto por tê-lo colocado em segurança. Não há lugar para esse tipo de violência na América. Devemos nos unir como uma nação para condenar isso."
O ex-presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, afirmou em sua rede social que não há lugar para a violência política na democracia.
"Embora ainda não saibamos exatamente o que aconteceu, todos deveríamos estar aliviados pelo fato de o ex-presidente Trump não ter sido gravemente ferido e aproveitar este momento para nos comprometermos novamente com a civilidade e o respeito na nossa política. Michelle e eu desejamos a ele uma rápida recuperação".
No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer também manifestou sua indiganção com o ocorrido.
"Estou consternado com as cenas chocantes no comício do Presidente Trump e enviamos os nossos melhores votos a ele e à sua família", escreveu Starmer.
A violência política, sob qualquer forma, não tem lugar nas nossas sociedades e os meus pensamentos estão com todas as vítimas deste ataque."
Benjamin Netanyahu, premiê de Israel, afirmou que ele e sua mulher, Sara Netanyahu, estão "chocados" com o ocorrido e rezam pela sua recuperação.
Na Argentina, o presidente Javier Milei afirmou que Trump foi vítima de uma "covarde" tentativa de assassinato.
Utilizando a mesma foto publicada por Jair Bolsonaro, Milei aproveitou a publicação para criticar a esquerda.
"Não surpreende o desespero da esquerda internacional, que hoje vê como a sua ideologia nefasta está expirando, e está disposta a desestabilizar as democracias e a promover a violência para chegar ao poder. Com medo de perder nas urnas, recorrem ao terrorismo para impor sua agenda retrógrada e autoritária", escreveu Milei.
Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria e um aliado de Trump, escreveu que seus pensamentos e orações estavam com o republicano.
Orban havia feito uma visita a Trump no fim da semana passada.
Na Índia, o primeiro-ministro Nerendra Modi afirmou estar "profundamente preocupado com o ataque" de Trump, a quem ele se refere como "meu amigo".
"Condenamos veementemente o incidente. A violência não tem lugar na política e nas democracias. Desejo a ele uma rápida recuperação".
O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o atentado como uma "tragédia para as nossas democracias".
"Os meus pensamentos estão com o presidente Donald Trump, vítima de uma tentativa de assassinato. Envio meus votos de uma rápida recuperação. Um espectador morreu, vários ficaram feridos. É uma tragédia para as nossas democracias. A França partilha o choque e a indignação do povo americano", escreveu Macron.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que os seus pensamentos estavam com Trump e todos os presentes no evento, acrescentando: "A violência política nunca é aceitável".
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que os seus pensamentos estavam com todos os afetados e qualificou o ataque de "desprezível".
"Tais atos de violência ameaçam a democracia", acrescentou.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, reiterou a condenação expressa pelos seus vários homólogos, acrescentando: "A paz e a democracia devem ser sempre a opção".
Nações de todo o continente asiático também enviaram mensagens, incluindo Japão, Filipinas, Paquistão e Taiwan.
O primeiro-ministro indiano, Nahendra Modi, disse estar "profundamente preocupado" com o ataque ao seu amigo e condenou o atentado.
Já o presidente da China, Xi Jinping, "expressou as suas condolências" em uma declaração de um porta-voz oficial, que acrescentou que a China estava "preocupada" com o tiroteio.
O porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, Dmitry Peskov, disse: "A Rússia sempre denunciou e denuncia categoricamente qualquer demonstração de força em uma batalha política. Expressamos condolências à família do falecido e desejamos uma rápida recuperação aos feridos".
Peskov acrescentou que os EUA têm uma história repetida de violência semelhante durante "batalhas políticas".
Os Estados Unidos já perderam quatro presidentes em assassinatos, enquanto outros foram alvo de tentativas de ataques.