O Presídio Modelo, prisão construída entre 1926 e 1931 na Isla de la Juventud, em Cuba, abrigou o líder Fidel Castro poucos anos antes da Revolução Cubana – que completou 57 anos no último dia 1º de janeiro.
O local era famoso e temido por ser o único na América Latina que usa o sistema panóptico – prisão circular que facilita a vigilância dos detentos, concebida pelo jurista inglês Jeremy Bentham no final do século 18.
No dia 26 de julho de 1953, a tomada do Quartel Moncada, liderada por Castro, culminou na sua prisão, juntamente com o irmão Raúl e cerca de 20 outros guerrilheiros. Todos foram mantidos no Presídio Modelo por cerca de dois anos.
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Hoje, o antigo presídio é um museu aberto ao público, composto por vários edifícios que abrigavam até 5 mil presos e um hospital com dois pavilhões.
O local foi construído durante o regime de Gerardo Machado e sua arquitetura é uma réplica do Centro Correcional Stateville, no Estado de Illinois, nos Estados Unidos, inaugurado nos anos 1920.
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Cinco dos edifícios do Presídio Modelo têm um desenho panóptico. Eles são circulares e têm seis pisos com celas. No centro de cada um há uma torre de vigilância armada da qual se podem ver todas elas. O desenho do local não permite aos presos saber se estão sendo observados ou não, de modo a influenciar seu comportamento.
O nome "panóptico" vem do personagem da mitologia grega Argos Panoptes, um gigante que, por ter cem olhos, era um excelente vigia.
As designer e fotógrafa cubana Laura Díaz Milán fez esta série de fotografias do local como parte de uma pesquisa para a série fotográfica "Saídas de emergência", na qual pretende mostrar "arquiteturas de outra Cuba", segundo disse à BBC Mundo.
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