Adolescentes dalits são estupradas e enforcadas na Índia

As jovens eram primas e faziam parte da casta mais baixa na Índia

29 mai 2014 - 10h08
(atualizado em 30/5/2014 às 20h21)
<p>Os vizinhos impediram a retirada dos cadáveres para a autópsia e bloquearam várias estradas como protesto pela inércia policial</p>
Os vizinhos impediram a retirada dos cadáveres para a autópsia e bloquearam várias estradas como protesto pela inércia policial
Foto: YouTube/NDTV / Reprodução

Duas adolescentes dalits - ou intocáveis, grupo social que ocupa o nível mais baixo no sistema de castas - foram estupradas por vários homens que depois as enforcaram em uma árvore no norte da Índia, informaram nesta quinta-feira veículos de imprensa locais.

Os corpos das duas menores de idade, duas primas de 14 e 16 anos, apareceram ontem pendurados em uma árvore na cidade de Katra, em um caso que gerou protestos dos vizinhos por omissão policial, segundo o canal de TV local "NDTV".

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A autópsia confirmou que as jovens foram estupradas e depois morreram enforcadas por cinco homens. Segundo a família das jovens, a polícia foi bastante passiva evitando investigar o caso durante horas. O desaparecimento foi denunciado na noite anterior e somente depois de muitas horas foram ser procuradas.

Os vizinhos impediram a retirada dos cadáveres para a autópsia e bloquearam várias estradas como protesto pela inércia policial.

Mais tarde, a polícia suspendeu dois agentes, deteve um dos supostos estupradores e identificou outros dois, porém dois ainda não foram identificados, disse o oficial Man Singh Chauhan ao jornal local "The Times of India".

A Comissão Nacional para as Mulheres da Índia anunciou o envio de um comitê de investigação ao local do crime para obter informação e estudar se foram adotadas as medidas corretas, declarou sua diretora, Mamata Sharma, ao mesmo jornal.

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O estupro e o assassinato de uma jovem em um ônibus em Nova Délhi em dezembro de 2012 gerou protestos e um debate sem precedentes sobre a violência contra a mulher na Índia, o que obrigou o governo a endurecer as leis contra agressores sexuais.

A nova lei estabeleceu a pena de morte no caso de a vítima morrer ou de os estupradores reincidirem.

Mutilação genital, apedrejamento e morte; saiba mais sobre a violência contra a mulher

  
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