A Airbnb, empresa que promove o compartilhamento de imóveis, desistiu de fazer um evento na Muralha da China após críticas na imprensa local e bater de frente com a burocracia do governo chinês para a liberação do local. A empresa ia levar quatro pessoas e um acompanhante para passar uma noite em uma das torres de guarda do monumento histórico.
O anúncio do evento não foi bem recebido pelos chineses, que afirmaram que a empresa estava profanando o local ao realizar um evento de caráter estritamente mercadológico e sem levar em conta a cultura local. "A Muralha da China é uma relíquia histórica sob proteção, como eles podem ter deixado ela se tornar um hotel comum?", reclamou um usuário na rede social Weibo, segundo o jornal South China Morning Post.
Após as críticas, a comissão de cultura do distrito de Yanqing, que cuida da zona turística da Muralha, divulgou nota afirmando que não estava sabendo do evento e que não deu autorização para ele acontecer. De acordo com o Diário do Povo, o jornal oficial do governo chinês, a comissão não apoia atividades que não ajudem a conservar a herança cultural da China.
A Airbnb lamentou a proibição do governo chinês e disse que tinha obtido autorização para realizar o evento, mas que aceitaria a decisão. "Nós tomamos a decisão de não realizar esse evento e vamos focar em outras experiências e iniciativas que mostrem a China como destino turístico", disse a empresa em nota obtida pelo site Mashable.
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