Ministros dos governos da Austrália, China e Malásia disseram nesta quinta-feira que vão dobrar a área de busca do voo MH370, da Malásia, desaparecido no ano passado, se não forem encontrados destroços na área rastreada atualmente.
Nenhum vestígio foi localizado do Boeing 777, que desapareceu em março de 2014 com 239 passageiros e tripulantes, no que se tornou um dos maiores mistérios da história da aviação. Na maioria, os passageiros eram chineses.
A ampliação das buscas pelo avião, que se acredita tenha caído no Oceano Índico, na costa oeste da Austrália, pode levar até um ano, disseram autoridades em uma reunião em Kuala Lumpur.
O ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, o vice-primeiro-ministro australiano, Warren Truss, e o ministro dos Transportes chinês, Yang Chuantang, prometeram duplicar a atual área rastreada, se necessário.
"Se a aeronave não for encontrada dentro da área de pesquisa atual, os ministros concordaram em estender a busca por uma extensão adicional de 60 mil quilômetros quadrados para que a área de buscas alcance 120.000 quilômetros quadrados e, assim, cubra toda a área de maior probabilidade identificada na análise de especialistas", disseram em um comunicado conjunto.
A segunda fase da busca teria um custo estimado de 50 milhões de dólares australianos (38,74 milhões de dólares dos Estados Unidos), bancado pela Malásia e Austrália, declarou Liow em uma entrevista à imprensa em Kuala Lumpur.
A área de pesquisa total, já incluindo a ampliação, "iria cobrir 95 por cento da trajetória de voo", afirmou.
O MH370 desapareceu dos radares pouco depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim. Os investigadores acreditam que ele seguiu por milhares de quilômetros fora de seu curso antes de cair.
A busca nos 60.000 quilômetros quadrados de fundo do mar, cerca de 1.600 quilômetros a oeste da cidade australiana de Perth –que os especialistas acreditam seja o lugar mais provável onde o avião esteja–, provavelmente será concluída até o final de maio.
Quatro navios equipados com drones submarinos sofisticados têm rastreado mais de 60 por cento da extensão de fundo do mar designada como de maior prioridade, anteriormente não mapeada.
(Reportagem adicional de Lincoln Feast, em Sydney, e Al-Zaquan Amer Hamzah, em Kuala Lumpur)