Ataques rebeldes na Índia matam 51, causa protestos violentos

24 dez 2014 - 14h20

A polícia no nordeste da Índia disparou nesta quarta-feira em manifestantes que protestavam contra as mortes de dezenas de pessoas por guerrilheiros tribais, matando cinco deles.

Os guerrilheiros, que lutam por uma pátria independente para a tribo indígena Bodo, lideraram uma matança no Estado de Assam na terça-feira, matando 51 pessoas em quatro ataques, no intervalo de uma hora.

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As vítimas dos ataques de guerrilha em sua maioria eram trabalhadores das plantações de chá de outras partes da Índia. Assam tem um histórico de violência sectária e de conflitos entre grupos armados que lutam por mais autonomia ou separação da Índia.

Centenas de trabalhadores das plantações armados com lanças, arcos e flechas desafiaram um toque de recolher imposto em resposta aos ataques dos rebeldes e cercaram estações de polícia no distrito de Sonitpur, a área mais atingida pela violência militante, dizendo que autoridades falharam na tarefa de protegê-los.

Alguns manifestantes abriram fogo contra lojas e outros bloquearam uma ferrovia e estradas. A polícia disse que teve que dispersar a multidão.

"Eles estavam tentando invadir delegacias, tivemos de abrir fogo em consequência", afirmou um oficial de polícia da área por telefone.

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Assam é um dos sete estados do nordeste da Índia, uma região delimitada pela China, Mianmar, Butão e Bangladesh. Por muito tempo, os moradores acusam o governo federal de saquear recursos, ignorando seu desenvolvimento.

Os ataques de terça-feira aos trabalhadores das plantações foram atribuídos a uma facção da Frente Nacional Democrática de Bodoland (NDFB), em retaliação a uma ofensiva contra eles lançada pelas forças de segurança há um mês.

Entre as vítimas estavam 10 mulheres e 13 crianças.

(Por Biswajyoti Das, reportagem adicional de Rupam Jain Nair)

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