Austrália promete fazer tudo para resolver 'enigma' do MH370

Com melhora do tempo, aviões foram enviados nesta quarta para sul do Oceano Índico

26 mar 2014 - 08h29
(atualizado às 08h56)

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse nesta quarta-feira que as autoridades australianas estão "colocando tudo o que têm" nos esforços para encontrar o voo MH370 da Malaysia Airlines, que está desaparecido há duas semanas.

"Nós devemos isso às famílias. Nós devemos ao mundo que está ansioso e precisamos fazer de tudo para finalmente localizar alguns destroços e fazer tudo que pudermos para resolver este enigma", disse Abbott.

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Ele também afirmou que a Austrália está disposta a ajudar as famílias dos passageiros desaparecidos de todas as formas possíveis. O Parlamento australiano observou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

Doze aviões australianos estão participando das missões de busca no sul do Oceano Índico nesta quarta-feira, onde a aeronave caiu. O clima melhorou na região, que fica a 2,5 mil quilômetros ao sudoeste da cidade de Perth, na Austrália. Na terça-feira, o mau tempo havia impedido o trabalho das equipes.

O voo MH370 desapareceu no dia 8 de março. Ele viajava da capital malaia Kuala Lumpur a Pequim com 239 pessoas a bordo.

<p>Sargento da Força Aérea Real realiza buscas por destroços do avião da Malaysia Airlines, sobre o Oceano Índico meridional, em 26 de março</p>
Sargento da Força Aérea Real realiza buscas por destroços do avião da Malaysia Airlines, sobre o Oceano Índico meridional, em 26 de março
Foto: Reuters

A China enviou uma autoridade especial à Malásia, segundo a agência de notícias chinesas Xinhua. O político Zhang Yesui encontrou-se com o premiê da Malásia, Najib Razak, para discutir as operações de busca.

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A China está participando das missões com quatro navios e um avião militar. A maior parte - 153 - dos 239 passageiros a bordo do MH370 era chinesa.

Entre os familiares dos passageiros, ainda existe muita desconfiança. Muitos se recusam a acreditar que todos morreram enquanto não forem encontrados os destroços.

Em Pequim, houve choque entre familiares e a polícia na terça-feira em frente à Embaixada da Malásia em Pequim. Eles ficaram revoltados com a declaração do premiê malaio confirmando que o avião caiu no sul do Oceano Índico.

O governo chinês pediu que a Malásia envie os dados que foram usados para basear a declaração de que o avião caiu no Oceano Índico.

Buscas

As buscas estão centradas em uma região do oceano onde foram avistados dois objetos - que ainda não conseguiram ser identificados.

As equipes estão concentrando seus esforços durante as próximas 36 horas, já que a previsão é que o clima vai piorar. Especialistas dizem que mesmo que alguns destroços sejam recuperados, o avião ainda pode levar meses ou anos até ser descoberto.

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Outro desafio é que o leito do mar desta porção do Oceano Índico ainda é pouco conhecido, pois nunca houve um mapeamento detalhado.

A área das buscas foi restrita de 7,6 milhões de quilômetros quadrados para 1,6 milhões de quilômetros quadrados. As operações em uma possível rota pelo norte foram encerradas.

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