Avião sumido baixou altitude para evitar radares, diz jornal

Avião da Malaysia Airlines teria descido aos 5 mil pés para evitar radares comerciais

17 mar 2014 - 02h48
(atualizado às 03h34)

O avião desaparecido no último dia 8 com 239 pessoas a bordo desceu até os cinco mil pés de altura para evitar ser detectado pelos radares comerciais, publicou o New Straits Times, jornal em língua inglesa publicado na Malásia.

A análise dos dados do avião B777-200 da Malaysia Airlines revelou que a aeronave baixou 1.500 metros para desaparecer do mapa dos radares, enquanto mudava de rumo com destino a um paradeiro desconhecido.

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Os investigadores indicaram que este "mascaramento" serviu para o avião sobrevoar a baía de Bengala e se dirigir ao norte terra adentro. "A pessoa no comando do avião tem um sólido conhecimento de navegação e radares, deixou uma pista limpa", declarou um funcionário que preferiu não ser identificado ao New Straits Times.

O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur em direção a Pequim na madrugada de 8 de março e desapareceu do radar cerca de 40 minutos após decolar, embora se acredite que pode ter voado por várias horas e sobre pelo menos dois países além da Malásia sem ser detectado, explicaram os especialistas ao jornal cingapuriano.

As autoridades malaias pediram a uma série de países, a maioria do sul e do centro da Ásia, que se incorporem à busca do avião da Malaysia Airlines depois de as investigações confirmarem que o aparelho mudou de rota deliberadamente para oeste.

As suspeitas para o desaparecimento do avião são: sequestro, terrorismo e problemas psicológicos ou pessoais de alguém no interior do avião.

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Estes novos dados abriram no fim de semana duas zonas de investigação: uma faixa que vai do norte da Tailândia até Cazaquistão e Turcomenistão, e outro corredor que parte da Indonésia e adentra no sul do oceano Índico, a oeste da Austrália. O avião transportava 227 passageiros e uma tripulação de 12 malaios.

A polícia revistou a casa do capitão que pilotava o avião, Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, que construiu seu próprio simulador de voo, e que ainda não foi formalmente implicado no suposto sequestro.

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