Balsa naufragada mudou rota, diz Guarda Costeira sul-coreana

17 abr 2014 - 02h09
(atualizado às 02h19)
<p>O barco teria realizado uma mudança brusca de direção ao invés de girar de forma gradual nas águas do litoral sudoeste da Coreia do Sul</p>
O barco teria realizado uma mudança brusca de direção ao invés de girar de forma gradual nas águas do litoral sudoeste da Coreia do Sul
Foto: AP

A balsa que naufragou ontem na Coreia do Sul e que ainda tem 287 passageiros desaparecidos fez um desvio e uma mudança brusca na rota recomendada, informou nesta quinta-feira a Guarda Costeira do país, o que poderia trazer novos elementos sobre as possíveis causas de um acidente que comoveu os coreanos e no qual morreram nove pessoas, segundo novos dados oficiais.

Após interrogar o capitão e outros membros da tripulação, funcionários da Guarda Costeira sul-coreana informaram à imprensa do país que a balsa com 475 passageiros, a maioria estudantes, fez um desvio na rota recomendada pelo governo entre o porto de Incheon, no noroeste do país, e a ilha de Jeju, no sul. Além disso, segundo as autoridades, o barco teria realizado uma mudança brusca de direção ao invés de girar de forma gradual nas águas do litoral sudoeste da Coreia do Sul.

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Essa mudança poderia ter causado o deslocamento de parte da carga, o que teria desequilibrado a balsa e provocado o acidente, segundo uma nova hipótese de especialistas que ainda não foi verificada.

Os sobreviventes relataram que, por volta das 9h locais (21h de Brasília da terça-feira), foi possível ouvir um forte estrondo no navio, que foi tombando pouco a pouco até afundar quase totalmente cerca de duas horas depois.

As primeiras avaliações sobre o acidente afirmam que a balsa Sewol colidiu com uma rocha ou um recife submarino, o que teria partido seu casco e provocado a entrada de água, mas várias outras hipóteses foram ventiladas sobre os motivos do naufrágio.

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Em todo caso, o governo sul-coreano anunciou ontem que não começará as investigações, nem vai oferecer conclusões, até que sejam concluídos os trabalhos de resgate. Mais de 500 mergulhadores continuam hoje com as buscas pelos 287 desaparecidos que teriam ficado presos na embarcação, com poucas chances de que haja algum sobrevivente, enquanto o número de mortos confirmados chegou a nove e o de resgatados com vida a 179.

Do total de passageiros, 325 eram alunos do ensino médio de um instituto de Ansan, na periferia de Seul, que estavam em uma viagem escolar para a ilha turística de Jeju. O naufrágio pode se tornar uma das piores tragédias humanas da Coreia do Sul caso não sejam encontrados mais sobreviventes. Em 1993, um acidente similar com uma embarcação no litoral oeste do país deixou 292 mortos.

  
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