Banco Mundial: Ásia precisa ajudar mais na luta contra ebola

Resposta geral da Ásia fica atrás de contribuições dos EUA, que enviou milhares de soldados e se comprometeu com 1 bilhão de dólares (R$ 2,5 bilhões)

4 nov 2014 - 11h21
(atualizado em 5/11/2014 às 13h55)
<p>Presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em entrevista coletiva em Seul</p>
Presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em entrevista coletiva em Seul
Foto: Kim Hong-Ji / Reuters

Países asiáticos não estão contribuindo o suficiente para o esforço global de combate ao ebola, apesar de terem pessoal médico capacitado que poderia ajudar a enfrentar a disseminação do vírus, disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, nesta terça-feira.

Milhares de profissionais de saúde são necessários para ajudar a combater o surto mais mortal de ebola já registrado. O vírus matou quase 5 mil pessoas, principalmente nos países do oeste da África Libéria, Guiné e Serra Leoa.

Publicidade

“Muitos países na Ásia que podem ajudar simplesmente não ajudam, especialmente quando se trata de enviar pessoal médico”, disse Kim em uma entrevista coletiva em Seul.

“Eu peço a líderes da Ásia que enviem suas equipes treinadas de saúde para os três países do oeste africano."

A Coreia do Sul prometeu contribuir com 5,6 milhões de dólares (R$ 14 milhões) para combater o vírus, e tanto o Japão quanto a China enviaram equipamentos ou equipes médicas para países afetados pelo Ebola no oeste africano. 

A China doou até agora 750 milhões de iuanes (R$ 307 milhões) para 13 países africanos e organizações internacionais para combater o ebola, de acordo com o governo. O país também enviou centenas de funcionários médicos. 

Publicidade

Mas a resposta geral da Ásia tem ficado atrás de contribuições dos EUA, que enviou milhares de soldados e se comprometeu com 1 bilhão de dólares (R$ 2,5 bilhões), assim como de outros países ocidentais. 

“Nós precisamos de trabalhadores de saúde, e vamos precisar que deles nos próximos seis meses a um ano. A luta contra o ebola não acabará até termos zerado os casos nestes três países”, disse Kim. 

Alguns países asiáticos têm aplicado controles mais rígidos de entrada de estrangeiros em resposta ao vírus, e a isolada Coreia do Norte fechou suas fronteiras e aplica uma quarentena obrigatória de 21 dias para todos os estrangeiros que visitam o país. 

Veja como o Ebola ataca o organismo
Video Player

Foto: Arte Terra

Publicidade
Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se