Quatros pessoas foram detidas neste sábado em Bangladesh devido ao seu envolvimento com o desabamento de um edifício que abrigava várias fábricas têxteis nos arredores de Daca, na quarta-feira, em tragédia que até agora causou 328 mortes, informou a polícia. Os detidos são dois donos de oficinas têxteis e dois funcionários municipais que asseguraram, um dia antes do acidente, que o imóvel era seguro, assinalaram fontes policiais ao jornal local The Daily Star.
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24 de abril - Acidente aconteceu perto da capital de Bangladesh
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24 de abril - Equipes de emergência correm contra o tempo para resgatar os feridos
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24 de abril - Edifício ficou completamente destruído
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24 de abril - Desabamento atraiu centenas de curiosos ao local
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24 de abril - Acidente deixou um número incerto de mortos e feridos
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24 de abril - Mulher é resgatada dos escombros pela equipe de resgate
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24 de abril - As causas do desabamento serão investigadas
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25 de abril - Multidão se aglomera nas proximidades do prédio para acompanhar o trabalho dos socorristas
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25 de abril - Sobrevivente desliza em pedaço de tecido ao ser retirada do prédio
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25 de abril - Socorrista tenta confortar sobrevivente que foi retirada dos escombros
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25 de abril - Mulheres choram a morte de parentes no desabamento
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25 de abril - Imagem mostra a situação do prédio nesta quinta-feira
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25 de abril - Parente mostra foto de trabalhadora desaparecida no desabamento
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25 de abril - Corpos de trabalhadores mortos são vistos em meio aos destroços
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25 de abril - Bombeiros tentam resgatar trabalhador dos escombros do prédio
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25 de abril - Socorristas e voluntários trabalham na busca por sobreviventes de desabamento de prédio de oito andares em Savar, em Bangladesh. O prédio, que abriga diversas empresas têxteis, sofreu um desabamento parcial na manhã de quarta-feira. Um novo balanço de vítimas divulgado nesta quinta-feira aponta que mais de 200 pessoas morreram e 1 mil ficaram feridas
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26 de abril - Soldados e voluntários auxiliam na busca por sobreviventes após o desabamento do edifício
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26 de abril - Busca por sobreviventes continua intensa após o desabamento do prédio
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27 de abril - Trabalhadores protestam contra o desabamento do prédio em Bangladesh
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28 de abril - Voluntários procuram por sobreviventes nos escombros do prédio que desabou em Bangladesh. Nesta madrugada, quatro pessoas foram resgatadas com vida
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28 de abril - Voluntários tentam encontrar sobreviventes entre os escombros de prédio
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A polícia Industrial acusa os proprietários das fábricas de ignorarem as rachaduras que apareceram no edifício de oito andares na terça-feira e obrigarem os funcionários a seguirem trabalhando normalmente, apesar do risco que corriam. O dono do edifício Raza Plaza, Sohel Rana, que pertence à ala jovem da Liga Awami - o partido governante em Bangladesh -, se encontra foragido e é acusado de usar seus contatos na política para obter a permissão para construir em terreno público.
Até ontem, 2.044 pessoas foram resgatadas dos restos do edifício, segundo afirmou um porta-voz do Exército, Shahinur Islam, somando-se às 14 pessoas que fora encontradas com vida sob os escombros nas últimas horas, de acordo com o The Daily Star. O número de mortos e feridos deve continuar aumentado, uma vez que cerca de quatro mil trabalhadores podiam estar no edifício no momento do seu desabamento, disse à Agência Efe uma fonte da Federação Nacional de Trabalhadores do Setor Têxtil (NGWF, na sigla em inglês).
Segundo uma lista divulgada pela Polícia local, que se baseou nas denúncias feitas por familiares de desaparecidos, em torno de 600 pessoas ainda podem estar sob os escombros, informou a agência BSS. Os trabalhos de resgate continuam, apesar de já terem se passado 72 horas, tempo-limite, segundo os especialistas, para encontrar alguém com vida.
O desastre voltou a evidenciar as más condições trabalhistas e de segurança que sofrem os trabalhadores do setor têxtil no país asiático, os mesmo que abastecem várias multinacionais ocidentais. Bangladesh é o país com os custos mais baratos de produção na indústria da roupa em todo o mundo, e por isso empresas de todas as partes do globo estão transferindo parte de sua produção para o país.
Segundo dados da NGWF, nos últimos 15 anos, acidentes ocorridos em fábricas têxteis (incêndios ou desabamentos) no país deixaram 600 mortos e três mil feridos.