Busca por avião da Malásia se volta para o fundo do mar

Equipamento americano especializado em detectar caixa-preta começou a ser usado no local nesta sexta-feira

4 abr 2014 - 10h05
(atualizado às 10h11)
Navio australiano Ocean Shield que será base do equipamento de busca submarina pela caixa-preta do avião da Malásia
Navio australiano Ocean Shield que será base do equipamento de busca submarina pela caixa-preta do avião da Malásia
Foto: AP

A busca pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines se tornou submarina nesta sexta-feira, quando um equipamento da Marinha norte-americana especializado na detecção de caixas-pretas começou a ser usado no local.

Há pressa na operação, já que a bateria do dispositivo que emite sinais de localização da caixa-preta deve se esgotar nos próximos dias.

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Autoridades da Austrália, país que serve de base para as buscas, disseram que o chamado Localizador Rebocado de Sinais será puxado pelo navio local HMAS Ocean Shield, fazendo buscas numa rota convergente de 240 quilômetros com o navio britânico de pesquisas HMS Echo.

O voo MH370 desapareceu em 8 de março, cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim. Radares e satélites indicam que ele fez uma brusca mudança de rota e passou a viajar numa direção que o levaria ao oceano Índico, a oeste da Austrália, mas não há pistas que expliquem o que aconteceu.

Foto do equipamento TPL usado para detectar caixa-preta
Foto: AP

"A área de maior probabilidade quanto a onde a aeronave pode ter entrado na água é a área onde a busca submarina irá começar", disse a jornalistas em Perth o brigadeiro da reserva Angus Houston, diretor da agência australiana que comanda as buscas.

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Segundo ele, a caixa-preta emite um sinal durante até 30 dias -- prazo que se completa na segunda-feira.

Especialistas alertam que o equipamento localizador dos EUA terá utilidade limitada se não for usado perto de onde está a caixa-preta, e observam que seu uso fica ainda mais restrito por causa da demora em rebocá-lo de um ponto para outro.

Houston disse que o uso do equipamento não elimina a busca por destroços flutuantes na superfície, onde, segundo ele, "ainda há uma grande possibilidade de encontrar alguma coisa", o que orientaria melhor a busca submarina.

Na sexta-feira, até 14 aviões e nove barcos vasculham uma área de aproximadamente 223 mil quilômetros quadrados (equivalente ao Estado de Roraima), cerca de 1.680 quilômetros a nor-noroeste de Perth, segundo o militar.

A Grã-Bretanha também está enviando à região o submarino nuclear HMS Tireless, equipado com sonar, e uma fragata da Malásia deve chegar no sábado.

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Caixa-preta

Os aviões comerciais da atualidade são equipados com duas caixas-pretas, que na realidade têm uma cor vermelho alaranjado: uma que registra os dados do voo, como velocidade, altitude, direção e outras informações relevantes, e uma segunda que preserva os últimos 30 minutos de conversa na cabine ou as duas últimas horas se o sistema é digital.

Estes dispositivos emitem um sinal para ser localizados enviados por uma bateria que se esgota aos 30 dias, embora alguns analistas especialistas dizem que em determinados casos ela pode durar até 15 dias a mais.

Na próxima segunda-feira, serão completados 30 dias desde que o avião de Malaysia Airlines desapareceu com 239 pessoas a bordo durante um voo entre Kuala Lumpur e Pequim.

Com informações da Reuters e EFE. 

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Fonte: Terra
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