Busca por avião da Malaysia se limitará ao fundo do mar

28 abr 2014 - 03h11
(atualizado às 10h59)

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, anunciou nesta segunda-feira que a busca no Oceano Índico do avião de Malaysia Airlines, desaparecido em 8 de março, cancelará o rastreamento em superfície e se limitará ao fundo marinho.

Abbott disse em entrevista coletiva que a operação entrará em uma "nova fase" que centrará os esforços no leito marinho, já que considera "altamente improvável" achar restos flutuando no mar mais de sete semanas depois de se perder o contato com o avião.

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"Nesta etapa, após 52 dias de busca, a maior parte do material teria afundado", disse Abbott que admitiu que até o momento não foram encontradas provas materiais que verifiquem a presença do avião na região.

A busca submarina continuará sendo realizada com o submersível não tripulado Bluefin-21, que rastreou sem sucesso cerca de 400 quilômetros quadrados de leito marinho na zona onde foram detectados quatro sinais parecidos aos de uma caixa-preta.

Abbott também disse que será contratada uma empresa especializada neste tipo de tarefas e que a Austrália buscará a contribuição de outros países envolvidos na operação de busca.

Malásia, China, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Grã-Bretanha e Estados Unidos auxiliam a Austrália na mais cara operação de busca da história da aviação. As autoridades malaias não descartam a hipótese de um problema mecânico, mas trabalham principalmente com a hipótese de que o avião foi deliberadamente desviado da sua rota.

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Após semanas de buscas na superfície, as autoridades vinham priorizando nos últimos dias o uso do submarino teleguiado Bluefin-21, dos EUA, em uma área de 10 quilômetros de onde teria se originado um sinal eletrônico captado em 4 de abril, e atribuído às caixas-pretas.

Os instrumentos de registro dos dados e conversas do voo emitem um sinal eletrônico para facilitar sua localização, mas sua bateria já se esgotou há várias semanas. As primeiras buscas do Bluefin-21 no leito marinho não revelaram sinais do avião.

"Ainda estamos intrigados e frustrados por não termos conseguido encontrar destroços submarinos com base nessas detecções", disse Abbott a jornalistas.

Segundo ele, a nova área de buscas, um corredor de 700 x 80 quilômetros, pode levar seis a oito meses para ser vasculhada, a um custo estimado de 56 milhões de dólares para a Austrália.

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Até agora, a operação foi essencialmente militar, mas Abbott disse que a Austrália e a Malásia deverão contratar uma ou mais empresas privadas para as buscas.

Com informações da EFE e AFP. 

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Fonte: Terra
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