Kim Yeo-jong, irmã mais nova do jovem líder norte-coreano Kim Jong-un, pode ter passado a fazer parte da exclusiva elite de poder do Estado comunista, publicou nesta segunda-feira o jornal sul-coreano Chosun.
A imprensa estatal norte-coreana mencionou neste fim de semana pela primeira vez o nome de Kim Yeo-jong, o que faz supor que a irmã do líder conquistou uma posição com certa influência nos círculos de poder do hierarquizado regime, explicaram analistas consultados pelo jornal do Sul.
A televisão estatal norte-coreana KCTV informou ontem que Kim Jong-un visitou um centro de votação em Pyongyang para as eleições da Assembleia Popular Suprema acompanhado pela "camarada Kim Yeo-jong", além de outras altas figuras do regime, como o considerado número dois Choe Ryung-hae.
O termo "camarada" sugere, segundo a análise, que a irmã do líder possui uma categoria superior ao de subdiretora no Partido. Alguns dos analistas especulam também que, com menos de 30 anos, Kim Yeo-jong poderia ostentar a categoria de secretária do partido da mesma forma que sua tia Kim Kyong-hui, irmã de Kim Jong-il e viúva de Jang Song-thaek, ex-número dois do regime e executado em dezembro por traição.
O Chosun já especulou anteriormente sobre a ascensão da jovem Kim, a quem atribuiu diversas responsabilidades relacionadas à tesouraria do Estado e a captação de divisas estrangeiras. Mas o extremo isolamento que caracteriza o regime da Coreia do Norte torna impossível confirmar as informações das elites do poder do Estado comunista e da família do líder Kim Jong-un. Por isso, os meios de comunicação e analistas se limitam a repercutir a informação dos veículos estatais de Pyongyang e dos poucos dados que vazam do país mais hermético do mundo.