Cerca de 60 pessoas foram detidas por participação nos enfrentamentos entre a polícia e manifestantes durante um protesto contra a construção de uma incineradora na cidade de Hangzhou, no leste da China, informou nesta terça-feira a imprensa estatal.
Dos detidos, 53 são acusados de distúrbios, enquanto os outros sete foram presos por "divulgarem rumores" sobre o protesto, que aconteceu no último sábado e no qual houve dezenas de feridos, de acordo com o Departamento de Segurança Pública de Hangzhou, citado pela agência oficial Xinhua.
Alguns dos detidos atacaram com pedras os policiais e seus veículos, enquanto os presos por divulgação de informação falsa foram indiciados, entre outros motivos, por publicar que as autoridades tinham causado a morte de alguns manifestantes, o que foi negado pelo governo local.
Pelo menos 39 pessoas (29 policiais e 10 manifestantes) ficaram feridas nos protestos, que pediam o fim dos planos de construção de uma incineradora altamente poluente.
O governo local de Hangzhou, uma das cidades com melhor qualidade de vida e preservação do meio ambiente no país, garantiu no dia seguinte aos incidentes violentos que as obras não seriam iniciadas se o projeto não contasse com o apoio da opinião pública.
Os protestos ambientais, que em muitos casos têm sucesso e conseguem impedir obras de fábricas e usinas poluentes, são cada vez mais frequentes na China, um sinal do aumento da conscientização popular sobre os graves problemas de poluição no país.