A China reforçou a luta contra a vigilância estrangeira com uma nova linha telefônica para que seus cidadãos denunciem as atividades que considerarem suspeitas, a segunda a ser ativada no país.
A divisão provincial do Escritório de Segurança Nacional de Jilin (nordeste do país, na fronteira com a Coreia do Norte) criou um serviço telefônico para que os cidadãos denunciem qualquer indício de espionagem, segundo a imprensa local.
O órgão incentiva os chineses a fornecer informação sobre agentes que tentarem conseguir segredos de Estado, promover o separatismo ou, em geral, prejudicar a segurança da China.
Também estão na mira os cidadãos chineses que trabalham para terceiros, já que, segundo as autoridades, é prática comum que centros de inteligência estrangeiros paguem grupos ou indivíduos locais em troca de informação sobre o exército e o Partido Comunista ou de fotografias de instalações militares.
Em comunicado oficial, o departamento encarregado dos trabalhos antiespionagem acrescenta que, se for certificada a veracidade das informações, as autoridades recompensarão quem tiver colaborado. Caso as informações estiverem erradas e causarem algum prejuízo, as pessoas "terão que assumir suas responsabilidades".
Essa é a segunda iniciativa do tipo na China depois do serviço ativado na província sulina de Hainan, e ambas as linhas telefônicas demonstram a vontade do governo de blindar o exército, já que tanto em Jilin como em Hainan há importantes bases militares e industriais, segundo especialistas chineses.
O serviço de Jilin ainda não está tão desenvolvido e, por enquanto, os cidadãos que quiserem delatar algum espião terão que pagar pelas ligações.