Os tribunais chineses apresentaram acusações contra oito suspeitos de participação no atentado ocorrido em outubro do ano passado na porta da Cidade Proibida, na Praça da Paz Celestial, que deixou cinco mortos e mais de 40 feridos, informou neste sábado a imprensa oficial. O julgamento acontecerá no Tribunal Popular de Urumqi, capital da conflituosa região autônoma uigur de Xinjiang, destacou a agência oficial Xinhua.
Os oito suspeitos são acusados de organizar o atentado, participar de uma organização terrorista e de atos contra a segurança pública, informou a procuradoria de Xinjiang, região que na última meia década vive um conflito crescente entre a etnia uigur e as autoridades chinesas.
Em 28 de outubro de 2013 um 4x4 com três pessoas a bordo invadiu a calçada norte da Praça da Paz Celestial, atropelou dezenas de turistas e foi deliberadamente incendiado pelos ocupantes, matando os três, uma turista filipina e um chinês próximo ao icônico retrato de Mao Tsé-tung.
No jipe viajavam, segundo as investigações policiais, Usmen Hassan, sua mãe, Kuwanhan Reyim, e sua esposa, Gulkiz Gini, nomes que indicam que eles pertenceriam à etnia uigur, povo de religião muçulmana que habita o centro, oeste e sul de Xinjiang.
Este ano outros ataques foram registrados em locais públicos da China que Pequim atribui a grupos terroristas de Xinjiang, como o atentado com carro-bomba que na semana passada matou 39 e feriu 94 em um mercado de Urumqi ou os esfaqueamentos em uma estação ferroviária do sul do país que deixou 33 pessoas mortas.