Autoridades chinesas levantaram uma proibição de que monges tibetanos exibam fotografias do Dalai Lama em um proeminente monastério, disse um grupo de direitos humanos na quinta-feira, uma mudança inesperada de política que pode diminuir as tensões na inquieta região.
A decisão dizia respeito ao monastério Gaden na capital tibetana de Lhasa - um dos estabelecimentos religiosos mais historicamente importantes no Tibete - e revertia uma proibição introduzida em 1996, disse à Reuters o grupo sediado na Grã-Bretanha Free Tibet, citando fontes com conhecimento direto da situação.
Ela foi tomada enquanto mudanças similares estão sendo consideradas em outras regiões tibetanas da China, e podem ser um indício de que as autoridades estão estudando restrições religiosas mais frouxas e uma mudança política sobre o Tibete, três meses depois de o presidente Xi Jinping assumir o poder.
Autoridades chinesas na província de Qinghai, no oeste, também estão considerando levantar uma proibição à exibição por tibetanos de imagens do líder espiritual exilado, segundo a International Campaign for Tibet, um grupo de defesa sediado nos EUA.
Também disse que havia propostas na região para por fim à prática de obrigar os tibetanos a denunciarem o Dalai Lama, e para diminuir a presença policial nos monastérios.
Autoridades em Lhasa e em Qinghai não foram encontradas para comentar a notícia.
Tais medidas parecem calculadas para reduzir as tensões entre os tibetanos e o governo depois de uma série de protestos tibetanos com autoimolações contra o regime chinês.
Pequim considera o Dalai Lama, que fugiu da China em 1959 depois de um levante frustrado contra o governo chinês, um violento separatista. O Dalai Lama, que está baseado na Índia, disse que apenas busca maior autonomia para sua pátria no Himalaia.