A China libertou nesta quinta-feira três ativistas que estavam detidos havia um mês por comparecerem a um encontro para relembrar a repressão militar contra os protestos pró-democracia na Praça Tiananmen em 1989, disseram seus advogados.
Os ativistas foram libertados um dia após o aniversário de 25 anos da sangrenta repressão, relembrada por dezenas de milhares de pessoas em Hong Kong, mesmo após autoridades chinesas terem buscado suprimir o evento na China continental.
As detenções provocaram críticas dos Estados Unidos e da União Europeia, que pediram a libertação deles. A China apresentou novas e mais veementes objeções às reclamações dos EUA.
Para o dominante Partido Comunista, as manifestações que lotaram a Praça Tiananmen, em Pequim, e se espalharam para outras cidades permanecem um tabu. O governo nunca revelou o total de mortos, mas estimativas de grupos de direitos humanos e diversas testemunhas variam de centenas a vários milhares.
Os ativistas presos, Liu Di e Hu Shigen, ambos escritores dissidentes, e Xu Youyu, um pesquisador na Academia Chinesa de Ciências Sociais, um centro de pesquisas e análises do governo, foram libertados sob fiança, disseram seus advogados e um parente.
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Eles foram detidos por “provocar tumulto” em relação ao encontro realizado em um apartamento privado.
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06 de junho - Civis em bicicletas e soldados em tanques de guerra montam o cenário pós-protestos em Pequim. Um quarto de século depois do massacre, o governo proibe a discussão pública sobre o assunto e livros e sites são censurados.
Foto: AP
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05 de junho - Tropas e tanques chineses se reúnem na praça, um dia após a repressão militar que terminou com sete semanas de protestos.
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05 de junho - Um chinês tentou bloquear, sozinho, uma linha de tanques de guerra que seguiam em direção à Praça Tiananmen, em Pequim. O homem, que não foi identificado até hoje, é considerado o "rebelde desconhecido" pela sua atitude frente aos militares.
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05 de junho - Civis mostram fotos de pessoas mortas devido à ação militar do governo chinês. A imprensa internacional foi proibida de cobrir os protestos
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04 de junho - Corpos de civis mortos se encontram entre bicicletas, próximo à Praça da Paz Celestial, em Pequim. Durante a madrugada, centenas de pessoas morreram. Órgãos de direitos humanos afirmam que foram milhares de mortos.
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04 de junho - Feridos são levados para um hospital por manifestantes. Na madrugada do dia 4 de junho, o exército chinês abriu fogo e deixou vários mortos e feridos
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03 de junho - Homem tenta puxar um soldado chinês para longe de seus companheiros em uma ação militar no local dos protestos
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01 de junho - Fotógrafos amadores tiram fotos de uma estátua erguida na praça Tiananmen
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01 de junho - Versão chinesa da "Estátua da Liberdade" é erguida pelos estudantes, durante o protesto
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28 de maio - Estudantes se protegem do sol embaixo de um guarda-chuva. Eles já estavam há mais um mês na praça
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19 de maio - Secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Zhao Ziyang, foi pessoalmente à praça para tentar convencer os manifestantes a encerrarem os protestos e a greve de fome. Seu pedido não foi atendido.
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16 de maio - Médicos atendem vítimas da greve de fome, em um hospital de campo, montado para atender os estudantes que permaneceram sem comer na praça Tiananmen
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13 de maio - Estudantes sentam na Praça da Paz Celestial, durante greve de fome, em protesto pró-reforma
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04 de maio - Polícia chinesa tenta, em vão, conter uma enorme multidão de manifestantes em um movimento pró-reforma no dia 4 de maio
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01 de maio - Manifestante chinês Wang Dan aborda colegas durante uma manifestação na Praça da Paz Celestial de Pequim. Em sua cabeça, uma faixa diz 'greve de fome'
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27 de abril - Manifestantes chineses cercam um caminhão do exército, na Praça de Tiananmen. Alunos foram apoiados por trabalhadores e massa de manifestantes aumentou
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22 de abril - Estudantes fazem uma corrente humana na madrugada, na praça Tiananmen, em um protesto por mais liberdade na China
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20 de abril - Dezenas de milhares de estudantes e cidadãos se concentram em frente ao monumento dos Heróis do Povo, na Praça da Paz Celestial, em Pequim.
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19 de abril - Estudantes erguem uma faixa pedindo "Liberdade, Democracia e Iluminismo" em frente ao monumento dos Heróis do Povo, enfeitado por um retrato do líder Hu Yaobang, cuja morte desencadeou os protestos.
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18 de abril - Um líder estudantil leu para o grupo de manifestantes uma série de exigências que o grupo defenderia nos protestos seguintes.
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