China mantém liderança na aplicação da pena de morte

Hoje, 22 países em todo o mundo aplicam a pena capital para certos crimes

27 mar 2014 - 11h13
(atualizado às 11h21)
<p>Cadeira elétrica</p>
Cadeira elétrica
Foto: AP

A China executou milhares de pessoas em 2013, ou seja, muito mais do que as 778 penas de morte aplicadas oficialmente no restante do mundo no mesmo ano, denunciou a organização Anistia Internacional (AI) nesta quinta-feira.

"A China continuou executando muito mais pessoas do que os outros países do mundo em seu conjunto", destacou a ONG em seu relatório anual sobre a pena de morte, publicado nesta quinta.

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O número de penas capitais aplicadas é um segredo de Estado na China, motivo pelo qual a AI menciona apenas o número de "milhares" de pessoas executadas, com base em estimativas.

Com frequência, a AI pede a Pequim que torne públicos os dados sobre as condenações à morte e sobre as execuções.

Nos últimos anos, o gigante asiático eliminou a pena capital para certos "crimes de colarinho branco" e, em novembro passado, o governo prometeu incluir outros nessa lista.

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Uma reforma de 2007, que exige a aprovação da Suprema Corte chinesa para todas as sentenças capitais, contribuiu para sua redução, de acordo com algumas organizações de direitos humanos.

Já a Human Rights Watch avaliou em janeiro que o número de execuções em todo o país "havia caído abaixo do limite das quatro mil (anuais) nos últimos anos", contra cerca de dez mil há apenas uma década atrás.

Nos Estados Unidos, 2013 foi um ano de clara queda na aplicação das penas capitais, caindo a um de seus níveis mais baixos nas últimas décadas, de acordo com o relatório anual do Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC, na sigla em inglês).

Hoje, 22 países em todo o mundo aplicam a pena capital para certos crimes.

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