A Praça da Paz Celestial (Tiananmen) recebeu nesta quarta-feira um grande contingente de homens das forças de segurança, para impedir qualquer tentativa de lembrança do 25º aniversário da repressão da Primavera de Pequim, em 4 de junho de 1989.
Policiais, guardas municipais, funcionários à paisana, agentes dos comitês de bairro, entre outros, estavam em grande número na região e em seus arredores.
Para chegar ao centro nervoso do poder comunista chinês, os pedestres eram obrigados a apresentar documentos, passar por postos de segurança e abrir as bolsas e mochilas.
Os estrangeiros eram particularmente controlados, já que a polícia tentava identificar eventuais jornalistas, enquanto os órgãos de imprensa nacionais foram proibidos de publicar reportagens sobre os acontecimentos de 1989, cuja memória foi oficialmente proscrita.
Na avenida da Paz Eterna, que passa ao norte da Praça da Paz Celestial, foram estacionados veículos da polícia a cada 50 metros, assim como ambulâncias e caminhões dos bombeiros.
"Pretendíamos visitar a Cidade Proibida, mas não permitiram a entrada porque não estávamos com nossos passaportes. Disseram que o passaporte só seria exigido hoje", disse à AFP uma turista australiana que se identificou apenas como Amanda e estava com uma amiga.
Na saída do metrô e nas áreas próximas, os postos de controle provocavam longas filas. Um jornalista da AFP que filmou uma breve discussão entre policiais e cidadãos chineses cansados de esperar sob o sol foi obrigado pelos agentes a apagar a cena que havia registrado.