Cinco militares da missão da Otan no Afeganistão (Isaf, sigla em inglês) morreram no conflituoso sul do país asiático, informou nesta terça-feira a organização internacional em comunicado, no qual não detalhou o motivo das mortes.
De acordo com a polícia afegã e militantes do Taliban, os militares foram mortos por disparos feitos de helicópteros das suas próprias forças militares.
O chefe da polícia local Ghulam Sakhi Roghlewanai disse que as forças da Isaf "estavam retornando a suas bases depois de uma operação quando foram emboscadas por insurgentes. O ataque aéreo atingiu por engano suas próprias forças e matou os soldados".
A Isaf afirmou que as baixas ocorreram na última segunda-feira, mas, como é habitual, não especificou a nacionalidade das vítimas, o que é uma responsabilidade de cada país, nem o local exato onde morreram os soldados. Segundo informações do site independente icasualties, somente neste ano morreram no Afeganistão 35 soldados da Otan, 24 deles americanos.
O conflito afegão se encontra em um de seus momentos mais violentos desde a invasão dos Estados Unidos, que levou à queda do regime talibã há 12 anos. As tropas internacionais começaram a se retirar gradualmente do país em 2011 e a transferir a responsabilidade pela segurança ao Exército e à polícia do Afeganistão.
A Isaf concluirá sua missão no país centro-asiático no final deste ano, mas os Estados Unidos anunciaram que manterão 9,8 mil soldados no país até a conclusão total de seu processo de retirada no final de 2016.
Assim, os 32 mil soldados atuais passarão para 9,8 mil até fim deste ano. Esse número cairá para a metade até o final de 2015 e, em 2016, todas as bases militares americanas no país deixarão de funcionar.
Com informações da EFE e Reuters.