Cochilo e bebida: veja 'razões' de mortes na Coreia do Norte

A mando do líder Kim Jong-un, execuções são realizadas de maneiras bizarras e por motivos banais

14 mai 2015 - 10h18
Foto: The Mirror / Reprodução

A execução do Ministro da Defesa norte-coreano esta semana por ter, supostamente, cochilado durante um evento militar no país levantou, novamente, a polêmica sobre as mortes a mando de Kim Jong-un que não têm o menor sentido. No entanto, esta não é a primeira vez que o líder do país demonstrou seu poder sem limites com tal ordem. 

Apesar de o país ser fechado e os acontecimentos em seu território serem bastante censurados, é sabido que nos últimos meses dezenas foram mortos de diversas maneiras bizarras e por motivos (oi? alguém falou em motivos?) duvidosos. 

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Relembre alguns dos últimos casos que viraram notícia pelo mundo:

Execução por fuzilamento (com restos jogados para cães)

Jang Song Thaek era um mentor político importante no país norte-coreano e já foi descrito como a segunda figura mais importante do governo. Ele era tio de Kim Jong-un, mas, mesmo assim, não foi poupado de uma execução violenta: foi morto por fuzilamento em dezembro de 2013.

Jang Song Thaek era um mentor político importante no país norte-coreano e já foi descrito como a segunda figura mais importante do governo
Foto: The Mirror / Reprodução

Algumas pessoas afirmam, ainda, que os restos de Jang Song Thaek foram jogados para cães famintos, mas não há provas. Além disso, todas as fotos foram editadas – tendo a imagem do tio de Kim Jong-un retirada de todas elas.

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Em outra passagem, ele mandou executar arquitetos, policiais e engenheiros envolvidos em um projeto de prédio que desmoronou na capital Pyongyang e matou 500 pessoas, incluindo policiais e chefes do serviço de inteligência em maio passado. Apenas um militar que estaria envolvido no projeto foi encaminhado para a prisão – o que pode ser considerado algo pior do que a morte no país (especialistas acreditam que ao menos 200 mil pessoas estejam presas em campos de detenção na Coreia do Norte, cujas existências são negadas pelo governo).

Execução por envenenamento (por reclamar morte do marido)

Kim Kyong-hul era tia de Kim Jong-un, mulher de Jang Song Thaek, e também não escapou da violência do sobrinho, líder do país. A mulher de 68 anos foi morta em maio 2014 por envenenamento, meses depois de ficar viúva.

Foto: Twitter

Fontes oficiais afirmaram que a morte de Kim Kyong-hul tenha sido causada por um acidente vascular cerebral durante uma discussão sobre a execução do marido, porém no início deste mês um desertor alegou que o líder norte-coreano ordenou seu assassinato - por envenenamento - depois que ela reclamou sobre a morte do marido.

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Junto de sua morte, Kim também teria ordenado a matança do resto da família de Jang, por volta de sete pessoas.

Execução por imolação (por supostamente tentar proteger um oficial)

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E a morte do poderoso tio de Kim Jong-un repercutiu mais uma vez com a morte do Ministro de Segurança Adjunto, O Sang-hon, oficial próximo de Jang Song Thaek, que foi queimado vivo. A execução do homem foi motivada por suspeitas de ter criado um “esquema de proteção” ao tio anteriormente morto.

Executado por um morteiro (por beber em luto)

Um vice-ministro do Exército foi executado por um morteiro por, supostamente, beber e “farrear” durante o período de luto oficial após a morte de Kim Jong-Il, pai de Kim Jong-un, em dezembro de 2011.

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O líder norte-coreano ordenou que “nenhum resto [do condenado] fosse deixado para trás, até o cabelo”, de acordo com fontes em Seul, Coreia do Sul.

Kim Chol foi forçado a ficar em uma área que seria atingida pelo morteiro. Seguindo o método do morteiro, parece que Kim começou a utilizar canhões antiaéreos para aniquilar seus inimigos.

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Fonte: Terra
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